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Programa de TV da Embrapa vai mostrar expansão do algodão no Cerrado

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A exemplo do que ocorreu com a soja e o milho, o Cerrado brasileiro tornou-se a "terra prometida" também para o algodão nacional. É o que vai mostrar o programa Dia de Campo na TV que vai ao ar na próxima sexta-feira, 23, das 9h às 10h da manhã, e tem como tema o aumento da produtividade do algodão no Cerrado. O programa é produzido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Apenas o Estado do Mato Grosso, hoje o maior produtor do país, produziu na última safra mais de 312 mil toneladas de algodão em pluma. Juntamente com Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Bahia, a cotonicultura desenvolvida nos últimos quinze anos no Cerrado já responde por 85% de toda a produção brasileira.

A explosão da cultura do algodão no Cerrado do Centro-Oeste é conseqüência de uma junção de fatores, incluindo clima , solos planos, e empresários empreendedores mas o papel da Embrapa e de seus parceiros tem sido decisivo para a consolidação da cotonicultura e para os aumentos de produtividade registrados a cada safra na região.

O primeiro grande desafio posto aos pesquisadores e produtores foi identificar e desenvolver variedades de algodão que se ajustassem às condições de solo e clima do Cerrado. No final da década de 80, uma parceria da Embrapa com o Grupo Itamarati deu início a um trabalho de melhoramento genético que resultou na obtenção da variedade CNPA-ITA 90, cultivada hoje por cerca de 80% dos produtores tecnificados do Cerrado. A Embrapa Algodão lançou, ao todo, vinte e sete cultivares de algodão nos últimos vinte e cinco anos, que hoje são plantadas em cerca de 43% da área cultivada no país, principalmente no cerrado dos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Bahia, além dos Estados do Nordeste.

Esse trabalho permitiu que fossem feitos ajustes no sistema de produção para o manejo da cultura do algodão com mecanização de todas as operações. Novas técnicas de preparo do solo, calagem, adubação, controle de pragas e doenças e definição das épocas de plantio, fizeram com que a produtividade do algodão da região fosse elevada dos mil e quinhentos quilos por hectare na década de noventa, para três mil e duzentos quilos por hectares,atualmente.

Explorado em escala industrial, o algodão do Cerrado brasileiro precisou se adequar a um modelo de produção altamente tecnificado. Resolvida a questão de variedades adaptadas, a Embrapa e seus parceiros passaram a se concentrar na busca de soluções para questões como a mecanização da produção,o manejo de solo, o controle de pragas e doenças e a produção e beneficiamento à nível de fazenda, de algodão de qualidade, consolidando um produto aceito para abastecimento tanto dos mercados internos, como para exportação.

No município de Primavera do Leste, na principal região produtora de Mato Grosso, a Embrapa em parceria com a Fundação Centro Oeste, instalou um campo experimental com 250 experimentos em cerca de 80 hectares, onde estão sendo testadas novas variedades de algodão para o Cerrado, tanto para o modelo empresarial, quanto para a agricultura familiar.

Novas tecnologias

Melhoramento genético, sistemas de produção e controle biológico são exemplos de áreas em que os pesquisadores da Embrapa estão buscando novas tecnologias, que contribuam para a redução dos custos do algodão produzido no Cerrado.

"Os Programas de pesquisa, para apoio aos produtores do cerrado, estão sendo efetuados nas estações experimentais da Embrapa e das fundações parceiras, centralizados em Primavera do Leste- MT, Santa Helena- GO, Barreiras-BA e Chapadão do Sul – MS, porém replicados em outras 25 localidades", explica Eleusio Curvelo, um dos pesquisadores responsáveis pelo sucesso do trabalho da estatal com a cotonicultura no Centro Oeste brasileiro. Como resultados mais recentes, foram obtidas uma nova série de variedades de algodão, como a BRS Aroeira ,BRS Ipê, BRS Sucupira, BRS Cedro e BRS Jatobá, que já estão disponíveis aos produtores e, que são resistentes às principais doenças do algodoeiro no Cerrado como: "Doença Azul", "Mosaico comum", "Alternaria" e "Ramulose".

Com uma perspectiva de alcançar em três anos, hum milhão de hectares, a cotonicultura no Cerrado do Centro-Oeste e Nordeste, deve ser muito incrementada nas próximas safras, graças às tecnologias adotadas pelos produtores, que resultam em sucessivos recordes de produtividade e aos bons preços obtidos pelos empresários nas vendas antecipadas.

O aumento da produtividade no Cerrado brasileiro está intimamente ligado ao trabalho de pesquisa desenvolvido graças às parcerias com as Fundações de Apoio a Pesquisa e a transferência de tecnologias,criadas e mantidas pelos produtores, como a Fundação Centro Oeste, Fundação Goiás, Fundação Bahia e Fundação Chapadão.

O Dia de Campo na TV é transmitido, ao vivo, do estúdio da Embrapa Informação Tecnológica, em Brasília, para todo o país, via satélite. Para assistir, basta sintonizar uma antena parabólica na polarização horizontal, banda C, transponder 6A2, freqüência 3930 Mhz, sinal aberto, ou uma antena doméstica, banda L, freqüência 1220 Mhz. O programa também é exibido pelo Canal Rural (Net, Sky e parabólica: freqüência 4171 Mhz, transponder 12A2, polarização horizontal).

O Dia de Campo na TV é interativo. As dúvidas do público sobre a tecnologia apresentada são esclarecidas ao vivo por especialistas. As perguntas serão recebidas, durante o programa, pelo telefone 0800-701-1140 (ligação gratuita), pelo fax (61) 273-8949, ou ainda pelo endereço eletrônico diacampo@sct.embrapa.br.

Mais informações: Embrapa Informação Tecnológica Jornalista: Jorge Macau (978/04/98/MA) Fone: (61) 448-4278 E-mail: diacampo@sct.embrapa.br  

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