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Embrapa inaugura biofábrica em MT

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A Fundação Centro Oeste e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada oa Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com o apoio da Prefeitura Municipal de Primavera do Leste (MT) e do Fundo de Apoio a Cultura do Algodão do Mato Grosso (FACUAL) inauguram amanhã, dia 08, a primeira biofábrica do país especializada na produção massal de inimigos naturais das principais pragas da cultura do algodão.

"Essa biofábrica destina-se inicialmente a produção do parasitóide Trichogramma sp, de grande eficiência no controle de lepidópteros, responsáveis pelas principais pragas do algodão, soja e milho. Estão sendo investidos R$200.000,00 nessa unidade piloto, com recursos do Facual, bem como foram implantadas unidades demonstrativas, para comprovação da eficiência desses parasitóides, no controle das lagartas que atacam a cultura do algodão no Mato Grosso", diz Eleusio Curvelo, chefe geral da Embrapa Algodão.

As perdas na produção decorrentes do ataque desse tipo de lagarta à cultura do algodão variam em intensidade de acordo com o nível de infestação atingido, podendo comprometer até 35 % da produção.

"A tecnologia de criação massal do parasitóide de ovos Trichogramma spp. utilizada pela Embrapa Algodão viabiliza a produção de um insumo biológico de alta qualidade. Este inimigo natural utilizado é uma vespinha diminuta, com menos de um milímetro de comprimento, que é capaz de parasitar ovos do curuquerê do algodoeiro, da lagarta da maçã, da lagarta rosada, da lagarta do cartucho do milho e da lagarta falsa medideira", explica o entomologista Raul Porfírio de Almeida.

A biofábrica vai utilizar a metodologia desenvolvida por Almeida nos laboratórios da Embrapa em Campina Grande (PB), onde a equipe do pesquisador mantém em funcionamento 50 unidades de produção do parasitóide, com capacidade de reproduzir a vespa para ser liberada em uma área de aproximadamente 150 hectares por semana. Ele explica que esse tipo de técnica é chamado de "liberação inundativa", sufocando o crescimento populacional das pragas que atacam o algodoeiro.

O algodoeiro herbáceo (Gossypium spp.) é uma cultura que possui alto custo de produção, girando hoje em cerca de US$ 1.000,00 por cada hectare implantado. O cultivo exige conhecimentos técnicos mínimos para o sucesso do empreendimento na cultura. Um dos componentes que mais onera o custo total de produção é o gasto com defensivos, responsável por até 37% dos custos totais. O controle biológico de pragas, além de representar uma significativa redução nos custos com pesticidas, possui uma componente ecológica importante já que diminui a utilização de agrotóxicos e garante um maior equilíbrio biológico, uma vez que evita a destruição de outros insetos que atuam também como inimigos naturais de outros tipos de pragas.

Num primeiro estágio, a biofábrica do Mato Grosso deve testar e adaptar a tecnologia para a região do cerrado brasileiro que vem despontando no cenário nacional como o principal produtor da cultura no país. O projeto conta ainda com a participação dos pesquisadores Cristina Schetino Bastos, Luiz Gonzaga Chitarra e José Ednilson Miranda.

A inauguração está prevista para começar a partir das16 horas, em Primavera do Leste (MT). O endereço é Rua Dos Hangares, 285.

Dalmo Oliveira - Registro profissional. MTb/PB N.º 0598 Contatos: (83) 315.4361 – e-mail: dalmo@cnpa.embrapa.br  

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