Como o setor cafeeiro brasileiro deve se comportar frente ao cenário mundial de concentração da indústria cafeeira? Essa foi uma questão de destaque da fala do secretário executivo da Associação Brasileira da Indústria do Café Solúvel (ABICS), Mauro Moitinho Malta, durante a palestra "Importância e Características dos Estudos de Sócio-economia e Mercado para a Cadeia Produtiva do Café", proferida no segundo dia do III Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil.

Segundo Mauro Moitinho, a resposta precisa ser buscada com união e diálogo entre todos os agentes da cadeia produtiva, levando em consideração a importância de parcerias com os concorrentes estrangeiros que leve a estabelecer uma relação de igualdade entre os agentes econômicos internos e externos. "Apesar dos desafios dos avanços tecnológicos dos países desenvolvidos, a indústria brasileira de café precisa congregar a diversidade dos pontos de vista para estabelecer uma visão integrada da cadeia produtiva", defendeu.

O professor da UFV e coordenador do Núcleo de Sócio-economia do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, Carlos Moreira Leite, complementou as idéias do secretário da ABICS ao afirmar que um modelo organizacional de pesquisa sócio-econômica é, além de um instrumento de mercado, um poderoso instrumento político. Ele defendeu um modelo que integre o mercado de cafés especiais e tradicionais, cooperativas, exportadores, torrefadores, indústrias e armazéns. "Esses estudos previnem os cafeicultores dos efeitos das crises e aponta alternativas para os desafios encontrados no meio do caminho", garantiu.

O III Simpósio acontece até o dia 14, em Porto Seguro, Bahia. A realização é do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, Embrapa e Governo da Bahia.

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