01/06/03 |

Cuidados com a preservação do meio ambiente no controle de pragas do café

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

As pragas do café reduzem muito a produção e a produtividade das lavouras. A broca-do-café, o bicho-mineiro, os ácaros, a mosca-da-raiz, as cigarras e as cochonilhas são as principais pragas do café, causando perdas estimadas em 13% da produção mundial.

Com a necessidade cada vez mais premente de resgatar o equilíbrio da natureza, de produzir alimentos isentos de resíduos químicos e de proteger a saúde do agricultor, os pesquisadores estão preocupados em desenvolver tecnologias que causem menos impactos ambientais.

A partir da criação do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, coordenado pela Embrapa Café (Brasília, DF), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento foi possível desenvolver projetos de pesquisa com esses objetivos, envolvendo as principais pragas do café que ocorrem nos estados produtores: Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Bahia, Rondônia e São Paulo. Dentre os principais resultados, destacam-se:

  • Elaboração de uma tabela de amostragem seqüencial para o monitoramento da broca-do-café, que vem sendo utilizada especialmente no estado do Paraná, tem como objetivo determinar a época correta para o início da aplicação de métodos de controle, reduzindo em cerca de 87% o custo de controle da praga, incluindo o custo do monitoramento, além de redução de 90% da área pulverizada.
  • Armadilha iscada com álcoois para o monitoramento e captura da broca é uma alternativa que permite a redução da população do inseto na cultura e, conseqüentemente, diminui a infestação de frutos, além de possibilitar a determinação da época adequada de controle.
  • Desenvolvimento de uma metodologia de multiplicação de parasitóides da broca-do-café. Esses parasitóides podem ser utilizados em programas de controle biológico e/ou manejo integrado da praga e têm sido repassados a algumas entidades, permitindo a criação e liberação desses inimigos naturais em campo, aumentando a eficiência do controle biológico natural.
  • Isolamento e síntese do feromônio sexual do bicho-mineiro, com o objetivo de monitoramento e controle do inseto, possibilitando a obtenção de um café com melhor qualidade a um menor custo de produção. Essa tecnologia chega a reduzir de 50 a 100 o uso de defensivos, com economia mínima de R$100 milhões/ano.
  • Detecção de resistência do bicho-mineiro aos principais inseticidas usados no seu controle. Esse fato tem evitado o uso de produtos ineficientes, desperdício de recursos, poluição desnecessária e danos à produção.
A redução na utilização de produtos agressivos ao meio ambiente ainda tem sido possível, por meio de estudos realizados com extratos de plantas contra a broca e o bicho-mineiro, seleção de inseticidas de solo para o controle da mosca-da-raíz e a determinação de inseticidas seletivos para vespas predadoras do bicho-mineiro.

Outras informações: Embrapa Café Comunicação e Transferência de Tecnologia Fone: (6!) 448-4551  

Tema: Atividades Temáticas\Meio Ambiente 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/