Representantes de diversos setores da cadeia produtiva do algodão no estado de Goiás promovem, quinta-feira,12, em Montevidiu, um debate nacional sobre a sustentabilidade do algodão no Cerrado. Para tanto, foram convidados alguns dos maiores especialistas brasileiros no assunto. O evento será chamado de "Dia de Campo Nacional do Algodão" e contará com a presença de pesquisadores da Embrapa Algodão.

Além da Embrapa, o evento é promovido pela Faeg (Federação da Agricultura do Estado de Goiás), Governo de Goiás, Agopa (Associação Goiana dos Produtores de Algodão), Fialgo (Fundo de Incentivo à Cultura do Algodão em Goiás), Fundação GO, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, UFG (Universidade Federal de Goiás), Agencia Rural e Sebrae.

A idéia dos promotores é fomentar um amplo debate sobre a sustentabilidade do algodão no cerrado. Neste sentido, foram convidados palestrantes de renome nacional para apresentar e debater com os participantes diversos temas ligados ao assunto.

O melhorista da Embrapa Algodão Camilo de Lélis Morello apresentará palestra sobre "Qualidade de fibras e cultivares". Sobre "Manejo sustentável da Fazenda Vargem Grande" falará Andréas Peteers, proprietário da Agropecuária Petters.  Fernando Lamas, outro pesquisador da Embrapa, falará sobre "Manejo do algodoeiro no plantio direto". Nelson Suassuna, também pesquisador da estatal na Paraíba, abordará o tema "Doenças do algodoeiro e controle". Sobre o "Manejo sustentável de pragas no algodoeiro, com ênfase no bicudo" falará o professor e pesquisador da UFMS, Paulo Degrande. O evento vai tratar ainda sobre "Perspectivas de mercado", assunto a ser tratado por um representante da Corretora Almeida Prado, de São Paulo.

Noutro momento do evento ocorrerá a solenidade de entrega do troféu "FibraForte" aos profissionais e aos empresários ligados à área do algodão que se destacaram e contribuíram para o desenvolvimento da Cadeia Produtiva Algodão/Têxtil de Goiás. Esse ano um dos agraciados será o ministro da agricultura, Roberto Rodrigues. A Embrapa recebeu o troféu em 2002.

A programação prevê o início das atividades para as 8 horas do dia 12 de junho. A Fazenda Vargem Grande está localizada a 30 km de Montividiu, na estrada que liga o município a Caiapônia.

Mais dois dias-de-campo estão programados para o mês de junho, também promovidos pela Cadeia Produtiva do Algodão de Goiás. Esses serão de âmbito regional. O primeiro será dia 20, na Fazenda Califórnia II, em Ipameri, tendo como tema central a Expansão do Algodão com alta qualidade. O segundo, com o tema "Algodão com Sanidade e Produtividade", acontecerá na Algodocéu, em Chapadão do Céu, dia 26.

Novas tecnologias

A explosão da cultura do algodão no Cerrado de Goiás é conseqüência de uma junção de fatores, incluindo clima , solos planos,  e empresários empreendedores,  mas o papel da Embrapa e de seus parceiros tem sido decisivo para a consolidação da cotonicultura e para os aumentos de produtividade registrados a cada safra no estado.

Melhoramento genético, sistemas de produção e controle biológico são exemplos de áreas em que os pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, estão buscando novas tecnologias, que contribuam para a redução dos custos do algodão produzido no cerrado goiano.

"Os Programas de pesquisa, para apoio aos produtores do cerrado, estão sendo efetuados nas estações experimentais da Embrapa e das fundações parceiras, centralizados em Santa Helena", explica Eleusio Curvelo, chefe geral da Embrapa Algodão e um dos pesquisadores responsáveis pelo sucesso do trabalho da estatal com a cotonicultura no Centro Oeste brasileiro.

O aumento da produtividade no Cerrado brasileiro está intimamente ligado ao trabalho de pesquisa desenvolvido graças às parcerias com as fundações de apoio à pesquisa e a transferência de tecnologias, criadas e mantidas pelos produtores, como a Fundação Goiás.

  Dalmo Oliveira - MTb/PB N.º 0598 Embrapa Algodão Fone: (83) 315-4361 dalmo@cnpa.embrapa.br