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Produção de mudas por estacas melhora produção de café

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A produção de mudas de café por estaca é uma alternativa para garantir uma lavoura mais uniforme e produtiva. O método já é empregado em 30% das áreas de cultivo de café Conillon no Espírito Santo, o maior produtor desta variedade no Brasil. Há pouco mais de dois anos, a Embrapa Acre (Rio Branco, AC) unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, tem pesquisado a tecnologia com adaptações para as características locais definindo metodologia que pode ser facilmente adotada pelo pequeno cafeicultor do Estado.

Segundo o pesquisador Celso Bergo, a produção de sementes e mudas de boa qualidade é a base de sustentação de qualquer cultura, mais especialmente para do café. As espécies do grupo arábica como Catuaí, Icatu e Mundo Novo e as canephora como o Conillon apresentam diferenças significativas quanto ao porte, vigor, quantidade de frutos, qualidade das sementes, tolerância ou resistência a pragas e doenças de uma planta para outra mesmo dentro da mesma lavoura.

Na utilização da técnica de multiplicação do café Conillon por estaca é possível aumentar a produtividade dessa espécie em mais de 20%. Basta selecionar nos plantios comerciais as plantas com qualidades de interesse. Retira-se um pedaço da planta mãe este vai funcionar como um clone que repetirá as mesmas características da matriz de origem. "Se fizermos uma seleção de 50 ou 100 boas plantas nas lavouras dos produtores de café conilon, podemos não só garantir uma safra mais uniforme e produtiva, mas também identificar aquelas que poderão proporcionar uma colheita mais precoce, média ou ainda tardia", explica Bergo.

Para ampliar os resultados da pesquisa, Bergo gostaria de coletar materiais de bons exemplares no Estado para reproduzi-los nas áreas dos próprios produtores. O processo participativo geraria ganhos para o setor que trabalha com a perspectiva de melhores preços nos próximos dois anos.

Vale lembrar que até a década de 1970, o Acre era tido como estado inviável para cafeicultura pôr suas característica de altitude e clima. No entanto, as pesquisas iniciadas pela Embrapa, em meados da década de 1980, estão mostrando outro cenário. Hoje, já existem recomendações de variedades do grupo arábica como Catuaí e Icatu e canephora como o Conillon. Com pouca adoção de tecnologia, os produtores estão conseguindo colher em média 120 sacas de café em coco pôr hectare e em breve serão lançadas novas cultivares com produtividade ainda melhor.

As pesquisas em andamento sobre a cafeicultura e os benefícios da adoção de tecnologias serão os assuntos do próximo programa Raízes da Terra, uma produção da Seater-GP, que vai ao ar neste domingo, dia 22, às 7h da manhã. O programa é transmitido pela Rádio Difusora Acreana. Interessados no assunto podem consultar as publicações gratuitas na home page da Embrapa Acre (ww.cpafac.embrapa.br) ou entrar em contato pelos telefones (68) 212 3200 ou 212 3228.

Área de Comunicação e Negócios Embrapa Acre Fone: (68) 212-3200 sac@cpafac.embrapa.br  

Tema: Produtos Agropecuários\Matérias Primas\Café 

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