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Pesquisadores tomam posse na Academia Brasileira de Ciências

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Os pesquisadores Flávio Moscardi e Luiz Antonio Barreto de Castro, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, serão empossados membros titulares da Academia Brasileira de Ciências (ABC), dia 4, às 20 horas, no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro-RJ.

A ABC foi fundada em 1916 para promover a Ciência do Brasil como instrumento de desenvolvimento ao País. Possui 331 membros titulares em dez áreas das ciências: Matemáticas, Físicas, Químicas, Biológicas, da Terra, Biomédicas, da Saúde, da Engenharia, Agrárias e Humanas. "Como membro da ABC, poderemos contribuir nas discussões que envolvem as políticas de Ciência e Tecnologia do País, tanto que, em breve, vamos avaliar questões do plano plurianual, sugerindo melhorias ao atual governo", afirma Moscardi.

Luiz Antônio Barreto de Castro é graduado em agronomia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Tem mestrado em tecnologia de sementes pela Universidade do Mississipi (EUA), PhD em fisiologia de plantas pela Universidade da Califórnia (Davis) e pós-doutoramento em biologia molecular pela Universidade da Califórnia (Los Angeles). Possui longa experiência como professor e cientista, já prestou várias consultorias no Brasil e no exterior e foi professor na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro entre 1965 e 1981. Hoje, acumula as funções de chefe-geral da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF) e presidente da Sociedade Brasileira de Biotecnologia (SBBiotec).

Flávio Moscardi será o primeiro pesquisador a representar o Paraná na ABC, na área de Ciências Agrárias. Nascido em Lucélia, SP, Moscardi tem 54 anos e formou-se engenheiro agrônomo em 1973. Um ano depois foi contratado pela Embrapa para trabalhar no Centro Nacional de Pesquisa da Soja, em Londrina (PR). As teses de mestrado e doutorado foram desenvolvidas na Universidade da Florida, Gainesville, USA, relativas ao controle biológico da lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis), utilizando-se de um vírus da própria lagarta.

A partir desses estudos, o pesquisador pôde desenvolver o baculovírus, inseticida biológico que substitui o inseticida químico. Cada vez mais utilizado pelos sojicultores, só na safra 2002/2003 o baculovírus foi adotado em aproximadamente 1,7 milhões de hectares de soja. "Esse programa é reconhecido como o maior programa mundial de uso de um entomopatógeno (vírus) contra uma única praga (lagarta) em uma cultura (soja)", diz Moscardi. Em 2002, foi admitido na Ordem Nacional do Mérito Científico, na classe de comendador.

Jornalistas: Lebna Landgraf e Fernanda Diniz Embrapa Soja e Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Telefone: (43) 371-6061 E-mail: lebna@cnpso.embrapa.br  

Tema: A Embrapa 

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