01/07/03 |

Testados novos bioineseticidas para controle do mosquito da dengue

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Em continuidade às pesquisas efetuadas em controle biológico do mosquito da dengue, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento situada em Brasília (DF), realizou ensaios de avaliação de eficiência e persistência de novas formulações de bioinseticidas.

O princípio ativo das novas formulações é o Bacillus thuringiensis subespécie israelensis, uma bactéria normalmente conhecida por Bti e que tem sido utilizada no controle das larvas dos mosquitos da dengue (Aedes aegypti) em programas executados por prefeituras, em colaboração com a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).

As novas formulações avaliadas são produtos comerciais da empresa Valent Bioscience Corporation (VBC). Foram avaliadas três formulações distintas, uma que usa sabugo de milho como veículo, outras composta por grânulos dispersíveis em água e a terceira, (ainda não disponível comercialmente) em tabletes. Foi utilizado um inseticida químico com temefós em grânulos de areia, que já é utilizado nas companhas de saúde pública, como padrão de comparação.

Os experimentos foram realizados em caixas d'água de 250 litros, com povoamento periódico com larvas do mosquito Aedes aegypti. As caixas d'água foram divididas em dois grupos: num deles, as tampas cobriram 50% das caixas, enquanto no outro, as caixas eram praticamente todas cobertas, para bloquear a penetração da luz solar na coluna d'água.

Os inseticidas foram adicionados às caixas d'água apenas uma vez, antes da adição das primeiras larvas dos mosquitos. Diariamente as pupas contidas em cada caixa d'água eram contadas e removidas. A produção de pupas nas caixas testemunhas e tratadas foi usada para avaliar a atividade e a persistência dos larvicidas. O experimento durou 12 semanas. O inseticida temefós foi eficiente para o controle das larvas de A. aegypti, com ou sem exposição solar, por todo o período do tratamento.

A exposição à luz solar afetou significativamente a persistência dos bioinseticidas. A melhor formulação, sob esse aspecto, foi a dos grânulos dispersíveis em água, que controlou 100% da população larvária por três semanas nas caixas d'água parcialmente cobertas e próximo a 100% durante as 12 semanas de avaliação nas caixas cobertas.

A metodologia e os resultados completos dos experimentos foram publicados em um Boletim de Pesquisa denominado "Persistência larvicida de formulações de Bacillus thuringiensis subsp. israelensis para o controle de larvas de Aedes aegypti" de autoria de Paulo Vilarinhos, Daniel Souza Dias e Rose Monnerat, publicado recentemente pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Esse Boletim pode ser solicitado, através do endereço eletrônico sac@cenargen.embrapa.br. A distribuição é gratuita.

Mais informações: José Manuel Cabral de Sousa Dias Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Contatos: (61) 448-4660 - cabral@cenargen.embrapa.br  

Tema: Atividades Temáticas\Biotecnologia 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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