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Seminário vai discutir a Agricultura Migratória no Rio de Janeiro

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Pesquisadores, técnicos de extensão rural, agricultores e representantes de órgãos de fiscalização ambiental e de organizações não governamentais vão se reunir no próximo dia 05 de agosto, em Bom Jardim (RJ), para discutir a Agricultura Migratória na região serrana do estado do Rio de Janeiro. Organizado pela Embrapa Agrobiologia (Seropédica/RJ), empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o evento pretende apresentar os dados levantados em quatro anos do projeto "Desenvolvimento de Sistemas Agroflorestais para Recuperação de Áreas Degradadas da Mata Atlântica", financiado pelo Bird.

A Agricultura Migratória é aquela que alterna em uma mesma área períodos de cultivo (3 anos) e períodos de pousio florestal (3 a 5 anos). Na época do pousio, arbustos e árvores se regeneram desencadeando a formação de uma nova cobertura vegetal. Então, depois da terra "descansar", esta vegetação é suprimida e a área retorna ao cultivo. Só na região serrana do estado do Rio de Janeiro, existem pelo menos 350 propriedades rurais que praticam este modelo de agricultura. Muitos destes agricultores tem enfrentado problemas com a legislação ambiental na hora de voltar a cultivar as áreas em pousio, o que os tem levado a encurtar este "descanso" da terra para evitar que a vegetação cresça demais.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Agrobiologia Eduardo Campello, a pesquisa tem mostrado através de diversos indicadores de qualidade de vegetação e de solo (diversidade de plantas e de macro e microrganismos, disponibilidade de nutrientes), que este tipo agricultura praticada na região, apesar de não ser o mais indicado, produz impactos ambientais negativos menores do que os modelos de exploração contínua de uma mesma área. Durante o encontro, pretende-se mostrar esses dados para a comunidade envolvida nesta atividade, tentando compatibilizar os pousios mais longos com a legislação em vigor, visto que estes são melhores para a conservação e manutenção de qualidade do solo. No evento, pretende-se também discutir e buscar novas técnicas mais conservacionistas, propondo ainda alternativas para a substituição dos agroquímicos.

Mais informações: Ana Lúcia Ferreira – MTB 16913/RJ Embrapa Agrobiologia Contatos: (21) 2682-1500 r: 237/245 - analucia@cnpab.embrapa.br  

Tema: A Embrapa\Transferência de Tecnologia 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/