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Evento demonstra a viabilidade do abacaxi em áreas irrigadas

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O abacaxizeiro é uma planta com necessidade de água relativamente reduzida. Em condições de irrigação é capaz de produzir no ano todo, e chega a gerar receita bruta de quase 23 mil reais por hectare/safra. A cultura é uma boa alternativa de plantio no semi-árido. É isso que pesquisadores da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA) e da Embrapa Semi-Árido (Petrolina, PE), unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, irão demonstrar no Dia de Campo sobre "A Cultura do Abacaxi", que acontecerá no dia 01 de agosto, no lote 819 do produtor José Pires, localizado na área PA 2 do Projeto de Irrigação Senador Nilo Coelho, em Petrolina (PE).

O evento será realizado em área de 0,25 ha plantada com abacaxi e que simula um cultivo tecnificado nas condições das propriedades dos agricultores. O Dia de Campo tem como objetivo principal apresentar, a técnicos e produtores, a cultura do abacaxi como uma opção para a diversificação da fruticultura irrigada no pólo Petrolina/Juazeiro. O evento deverá enfocar temas como produção mundial e nacional, mercado, custos de produção e rentabilidade, práticas culturais e fitossanidade.

Situações favoráveis - O dia de campo está sendo organizado para que o produtor do Pólo de Petrolina/Juazeiro perceba de forma muito prática o potencial da cultura do abacaxi nas áreas irrigadas, explica Elder Manoel de Moura Rocha, técnico da área de transferência de tecnologia da Embrapa Semi-Árido. Há pelo menos duas situações favoráveis a que os agricultores cultivem o abacaxi na região. A primeira, na entrelinha dos pomares de manga, coco e outras fruteiras de grande porte, durante o período de implantação das culturas. A outra, seria o plantio do abacaxi em terrenos de solos rasos que são impróprios para fruteiras arbóreas. No pólo de Petrolina/Juazeiro há uma área significativa de solos com essa característica.

Segundo o pesquisador Luiz Francisco da Silva Souza, da Embrapa Mandioca e Fruticultura, o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de abacaxi – o primeiro é a Tailândia. O Estados de Minas Gerais e Paraíba são os maiores produtores do país e a fruta colhida é consumida basicamente no mercado interno de frutas frescas. Menos de 1% da colheita toma o destino da exportação. Os preços da fruta obtidos da fruta praticados no período de concentração da safra (novembro/janeiro) podem chegar a 1/3 dos preços observados na época da entressafra (fevereiro/maio). Assim, a receita bruta em 1 ha de abacaxi chega a variar de R$ 8.800, a R$ 22.600,.

A irrigação contribui para tornar viável o deslocamento das colheitas a produção nos para os períodos de entressafra, quando os preços são mais favoráveis, afirma Luiz Francisco. Além disso, o uso da irrigação distribui de maneira uniforme a oferta de abacaxi no ano, o que é fundamental para a manutenção e conquista de novos mercados para essa fruta, diz.

Mais informações: Elder Manoel de Moura Rocha – Transferência de Tecnologia Embrapa Semi-Árido – Contatos: (87) 3862-1711 - emmrocha@cpatsa.embrapa.br

Marcelino Ribeiro – Jornalista Embrapa Semi-Árido Contatos: (87) 3862-1711 - marcelrn@cpatsa.embrapa.br  

Tema: A Embrapa\Transferência de Tecnologia 

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