O Comitê Técnico de Assessoramento de Agrotóxicos, formado por representantes dos Ministérios da Saúde, Meio Ambiente e Agricultura, Pecuária e Abastecimento, se reúne, quinta-feira, dia 10, em Natal (RN), para definir as ações que vão viabilizar o registro dos agrotóxicos utilizados na cultura do melão. O objetivo é regulamentar a utilização desses produtos na Produção Integrada de Melão (PIM).

A reunião acontece na Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Norte, às 14h, e contará com as presenças da Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza, CE), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, coordenadora técnica do PIM no Brasil, Escola Superior de Agricultura de Mossoró (Esam) e Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), além de representantes de associações de produtores de melão e fabricantes e revendedores de agrotóxicos.

Segundo o pesquisador da Embrapa e coordenador do PIM, José de Arimatéia Duarte de Freitas, o encontro visa esclarecer os aspectos legais para o registro dos agrotóxicos no âmbito dos três ministérios e definir as responsabilidades de cada instituição e de produtores e fabricantes. "A Embrapa e demais empresas de pesquisa vão realizar experimentos com esses produtos, para avaliar a eficácia agronômica e definir os limites máximos de resíduos". Arimatéia lembra, ainda, que a definição da grade de agroquímiocs registrados para a cultura do melão é imprescindível para a Produção Integrada, já que um dos itens de conformidade para o programa é que sejam utilizados somente produtos registrados para a cultura no país.

Produção Integrada

A Embrapa Agroindústria Tropical iniciou a implantação da Produção Integrada de Melão em janeiro de 2002. Um dos objetivos do programa é otimizar o uso de adubos e agrotóxicos para melhorar a qualidade final do produto, preservando o meio ambiente e a saúde do consumidor. Além disso, a União Européia, principal consumidora de produtos tropicais, já sinalizou com restrições à importação de produtos sem  certificação de qualidade e rastreabilidade. Desde então, uma dezena de produtores e exportadores nas regiões do Baixo Jaguaribe (CE) e Assu-Mossoró (RN) já estão em processo de adequação ao sistema, totalizando mais de 500 hectares.

O Brasil é o sexto maior exportador de melão do mundo, que ocupa o terceiro lugar na pauta de exportação nacional de frutas. A Região Nordeste é responsável por mais de 90% da produção nacional, sendo que cerca de 67% essa produção concentra-se no Rio Grande do Norte e Ceará. No ano passado, as exportações brasileiras da cultura chegaram a 97.000 toneladas, no total de US$ 38 milhões.

Teresa Barroso - DRT 812CE JP  Embrapa Agroindústria Tropical Contatos: (85) 299-1907 - teresa@cnpat.embrapa.br