01/08/03 |

Mudança climática global em debate na Embrapa de Pelotas

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A Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, deu início esta semana à construção de uma proposta de pesquisa e desenvolvimento que leve em conta as mudanças climáticas que vêm sendo observadas pelos cientistas e suas repercussões no agroecossistema de clima temperado.

Dois especialistas que atualmente atuam nos Estados Unidos estiveram esta semana visitando a região de Pelotas, RS, e participaram de reunião técnica que debateu a presença de carbono em sistemas agrosilvipastoris e as mudanças climáticas. Um dos especialistas que tratou do tema é Helvécio De-Polli, que opera na Embrapa-Labex-EUA (laboratório virtual que a Empresa mantém no exterior). Ele discutiu os desafios da pesquisa no cenário de mudanças climáticas e a cooperação internacional. De-Polli considera que a questão deve ser tratada como mudança global, na medida em que a evidente alteração climática atinge todos os setores da vida no Planeta.

O outro especialista presente na Embrapa Clima Temperado foi Gregory McCarty, do Environmental Quality Lab, ligado ao Serviço de Pesquisas Agrícolas do Governo dos Estados Unidos, no Estado de Maryland. McCarty apresentou suas observações sobre o manejo de carbono no solo em sistemas agrícolas. Ele declarou que o problema do clima e suas repercussões sobre a vida no Planeta podem ser mais agudos do que parecem. Para exemplificar, citou a repercussão no aquecimento da temperatura mundial de alguns poluentes, entre os quais o carbono teria um potencial de um(1), enquanto o do metano é 21 vezes superior e o dos nitratos pode ser 310 vezes maior.

O pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Clenio Pillon - que organizou a reunião técnica com os especialistas - já está designado como contraparte da unidade na articulação que se inicia. O trabalho supõe três aspectos: estratégias para reduzir a contribuição da agricultura nas mudanças climáticas; identificação dos pontos comuns de interesse entre a Embrapa, parceiros e laboratórios de pesquisa dos EUA e a elaboração de projetos de pesquisa e desenvolvimento, em cooperação com o exterior.

Waldyr Stumpf Jr, Chefe-Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Clima Temperado, considera que, a partir do Protocolo de Kyoto, que prevê a redução das emissões de poluentes, as instituições de pesquisa agropecuária devem  contribuir para a melhoria do manejo ambiental, sob pena de que a evolução rápida da mudança climática passe a comprometer a própria produção de alimentos. A reunião técnica desta semana foi a primeira de uma série de outras ações da Embrapa Clima Temperado, visando atualizar-se e acoplar-se à construção de uma proposta de pesquisa e desenvolvimento que focalize a investigação para o agroecossistema de clima temperado.

Sady Macêdo Sapper - MTb 5376/RS Embrapa Clima Temperado Contatos: (53) 275-8113 - sadi@cpact.embrapa.br  

Tema: Atividades Temáticas\Meio Ambiente 

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