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Pesquisador mostra comportamento das três pragas que afetam a citricultura

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Depois de três anos de estudos é possível saber como o câncro cítrico, amarelinho e, mais recentemente, a morte súbita dos citros, causam as doenças, quais são as variações metabólicas observadas nas plantas e razões dessas mudanças. Os primeiros resultados desses estudos foram obtidos com as técnicas de espectroscopia de ressonância magnética nuclear e infravermelho e serão mostrados amanhã, dia 27, às 16 horas, pelo pesquisador Luiz Alberto Colnago, na Embrapa Instrumentação Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O IAC, Unesp, USP e Fundecitrus colaboraram no estudo. Colnago explica que uma das conclusões é que a goma produzida pela bactéria Xylella fastidiosa não participa do processo inicial de infecção da planta, como se pensava anteriormente. A pesquisa demonstrou que as proteínas de superfície é que são fator determinante da agressividade da bactéria.

A citricultura é uma das principais atividades econômicas do Estado de São Paulo, um agronegócio de mais de US$ 5 bilhões de dólares por ano e que gera cerca de 400 mil empregos. Nos últimos anos, algumas doenças, como a amarelinho (CVC), e o câncro cítrico têm causado graves prejuízos ao setor. Só o amarelinho provoca estragos da ordem de 100 milhões de dólares anualmente.

Recentemente a citricultura vem enfrentando uma nova ameaça com o aparecimento da Morte Súbita dos Citrus (MSC), uma doença que está afetando  laranja doce enxertadas sobre limão cravo, responsável por 85% das plantas no Estado de São Paulo. O nome é devido a rapidez que definha e inviabiliza comercialmente as plantas afetadas. Até o momento, não há comprovação do agente infeccioso. A hipótese mais aceita é que a doença seja causada por um mutante do vírus da tristeza, visto que a maioria dos sintomas, velocidade de propagação da doença entre outros fatores, são similares à tristeza, que matou 11 milhões de plantas no século passado.

O Brasil é responsável por 34,8% da produção mundial de laranja, um dos mais importantes itens de exportação do país. O amarelinho afeta quase 25% da produção nacional. No Estado de São Paulo, a mais importante área de plantio de laranja do país, a doença contamina um terço dos pés, o correspondente a 74 milhões de árvores.

Para ajudar no combate a essas doenças, somente a FAPESP investiu US$ 12 milhões nos projetos genomas da Xylella fastidiosa  e US$ 5 milhões no  do cancro cítrico.

Jornalista: Joanir Silva - MTb 19554 Embrapa Instrumentação Agropecuária Fone: (16) 274 2477 E-mail: jo@cnpdia.embrapa.br  

Tema: Produtos Agropecuários\Frutas 

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