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Amendoim e gergelim podem melhorar qualidade da merenda escolar

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A Comissão Intra-setorial de Alimentação e Nutrição, órgão consultivo da Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba, está recomendando a utilização do amendoim (Arachis hypogaea, L.) e do gergelim (Sesamum indicum L) na composição do cardápio da merenda escolar nos estabelecimentos de ensino da rede pública. A decisão foi tomada durante a reunião ordinária do Conselho Estadual de Saúde da Paraíba, realizada na semana em João Pessoa.

A comissão tomou a iniciativa estimulada pelos pesquisadores Paulo de Tarso Firmino e Marenilson Batista da Embrapa Algodão (Campina Grande, PB), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. "Além de ser uma medida que vai enriquecer a qualidade da merenda escolar, deve incentivar o crescimento do cultivo dessas oleaginosas no Estado", comenta Firmino.

Ele diz que a recomendação foi feita ainda com base numa lei estadual que determina que a composição da merenda escolar deva priorizar produtos originados nos municípios paraibanos. "A idéia é incentivar a produção e aquisição do amendoim e do gergelim produzidos aqui na Paraíba", acrescenta o pesquisador.

Segundo ele, as sementes de gergelim contêm cerca de 25% de proteína sobre a matéria seca. "Os teores médios dos componentes encontrados em 100g de grãos de gergelim são umidade 5,4%, 563 calorias, 18,6% de proteína, teor de óleo 49,10%, 21,6g de carboidratos totais, 6,3g de fibras totais, 1160mg de cálcio, 30UI de vitamina A, entre outros elementos", descreve o pesquisador.

Outras vantagens desse grão são os altos teores de ácidos graxos insaturados do óleo extraído dele e de proteína digestiva, que fazem do gergelim um alimento de excelente qualidade. Os grãos são comestíveis e contém vitaminas A, B, C e possuem bom teor de cálcio, fósforo e ferro. Os grãos pretos são ricos em cálcio e vitamina A.

Firmino, trabalhando com gergelim integral, conseguiu introduzir 20% da farinha de gergelim em produtos panificáveis (pães, biscoitos etc) com redução do teor de gordura vegetal de 10 a 20%, respectivamente, aumentando o valor nutritivo, com nível de aceitação excelente.

Já o amendoim é uma oleaginosa que faz parte da dieta alimentar de vários países, contribuindo para suprir necessidades protéicas, uma vez que contém, em média, 30% de proteína em suas sementes. O resíduo proveniente da extração do óleo contém, em média, 50% de proteína, quase o dobro da proteína da farinha integral de amendoim.

"As oleaginosas constituem os produtos vegetais mais ricos em proteínas, podendo amenizar esta carência em regiões onde a aquisição de proteína animal é reduzida ou mesmo impossível, devido ao seu alto preço", complementa Marenilson Batista.

  Dalmo Oliveira - MTbPB 0598/PB Embrapa Algodão Contatos: (83) 315.4361 – dalmo@cnpa.embrapa.br

 

Tema: Atividades Temáticas\Tecnologia Agroindustrial 

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