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Cubanos buscam parceria para vacina de controle do carrapato

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Buscando viabilizar uma parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, estiveram na Embrapa Gado de Corte (Campo Gande, MS), dia 31 de julho, o pesquisador Carlos Borroto, vice-presidente do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia de Havana (Cuba) e responsável pelo Programa Biotecnológico Agropecuário de Cuba, e Eddisel Rosario Alfonso, secretário do Pólo Científico da Embaixada de Cuba no Brasil. A intenção é firmar uma parceria para desenvolver, juntamente com o pesquisador da Embrapa Renato Andreotti, uma vacina polivalente para o controle do carrapato.

O carrapato (Boophilus microplus) é um parasita de grande importância econômica em bovinos. Os prejuízos causados estão estimados na ordem de 2 bilhões de dólares/ano. Hoje, o controle químico vem apresentando problemas de seleção para resistência. O Brasil ainda não possui uma vacina de controle do parasita. Existem equipes desenvolvendo trabalhos nessa área. "Temos o interesse de firmar uma parceria com os cubanos e desenvolver a vacina polivalente com a combinação da BM-86 (cubana) e da BMTI (em estudo pela Embrapa), que já se sabe, são compatíveis", afirma Andreotti.

A tecnologia agiria em diferentes fases da vida do carrapato, potencializando o efeito do produto. A BM-86 tem efeito de proteção nos animais em torno de 50%, a desenvolvida pelo pesquisador da Embrapa, BMTI, 72,8%. "Uma vacina polivalente seria menos dependente ou independente do controle químico, que deixa resíduos nos alimentos, causa impacto ambiental e é de alto custo", ressalta Andreotti.

De acordo com o pesquisador cubano, as perspectivas em relação à vacina são grandes. "Estamos entusiasmados com as possibilidades do produto. A combinação das duas vacinas trariam um efeito mais rápido, mais amplo, além de evitar que o parasita crie resistência", afirma Borroto. Ainda, segundo ele, a parceria das duas instituições iria acelerar a obtenção da vacina, que deveria ser introduzida no mercado em, aproximadamente, quatro anos.

Gisele Rosso - DRT 3091/PR Embrapa Gado de Corte Contatos: (67) 368-2142 e 368-2023 - girosso@cnpgc.embrapa.br  

Tema: A Embrapa\Cooperação Internacional 

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