O registro de materiais genéticos é uma garantia para o futuro usuário da tecnologia e compromisso de responsabilidade técnica da empresa que registra. O mercado de sementes forrageiras apresenta problemas de materiais de origem duvidosa. Ao adquirir um material sem certificado de procedência, o produtor coloca em risco seu empreendimento e tem, na maioria das vezes, grandes prejuízos. "Só garantimos aquilo que pesquisamos", diz Cacilda Borges do Valle, chefe técnica da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande, MS), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, que solicitou ao Serviço Nacional de Proteção de Cultivares do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, registro de três cultivares: capins Arapoty, Piatã e Capiporã, todos da espécie Brachiaria brizantha.

A pesquisadora explica que essas cultivares fazem parte de uma coleção em estudo desde 1987. O registro solicitado não significa que estas plantas estarão no mercado este ano. "Uma delas poderá ser lançada no próximo ano", diz Cacilda. De acordo com ela, faltam opções de capins para o produtor. A Embrapa tem um trabalho intenso na área de pastagens, pesquisando não só braquiárias, mas outros gêneros, como panicuns e leguminosas, visando promover a diversificação e a diminuição do risco do monocultivo", conclui.

Não é sempre que surge uma nova cultivar no mercado. As empresas que trabalham com seriedade levam até dez anos para lançar uma planta. Asssim sendo, é importante que produtor, antes de adquirir um novo lançamento, procure informações em empresas idôneas ou converse com técnicos que entendam do assunto. Pode até mesmo entrar em contato com a Embrapa Gado de Corte na Área de Comunicação Empresarial pelo telefone: (67) 368-2141.

Cooperação da Unipasto - Em um mercado cujas regras de comercialização de sementes certificadas nem sempre são respeitadas, oferecendo risco para os usuários. Firmar um convênio, como o que foi feito entre a Embrapa e a Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras Tropicais (Unipasto), significa segurança e garantia de material genético.

O convênio entre a Embrapa e a Unipasto, além de incluir a multiplicação e a comercialização pelos sementeiros associados de materiais lançados pela Embrapa, prevê o aporte de recursos para a continuidade da pesquisa em novas cultivares. Essa colaboração da iniciativa privada é inédita em forrageiras e muito importante tanto para a pesquisa quanto para os usuários. Ao lançar um material, a Embrapa divulgará o nome dos associados que possuem sementes certificadas, que garantem a qualidade do material para o comprador, que, por sua vez, está adquirindo um pacote tecnológico, com informações gerais sobre o que está comprando.

Eliana Cezar Silveira - DRT 15.410/SP Embrapa Gado de Corte Contatos: (67 368-2142) e 368-2023 - eliana@cnpgc.embrapa.br