O consumidor do Brasil e de outras partes do mundo estrangeiros já pode saborear maçãs com maior qualidade e segurança para consumo. Isso tudo, graças à iniciativa da Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves, RS), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que desde 1996 coordenou a adoção no país do Sistema de Produção Integrada da Maçã (PIM).

O Sistema foi desenvolvido e implementado em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Maçã (ABPM), Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã e Pêra (AGAPOMI), Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Instituto Biológico e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

O PIM é um sistema alternativo, de adesão voluntária, no qual o produtor deve seguir a Norma Técnica estabelecida para a cultura e oficializada através de uma Instrução Normativa do MAPA. Os procedimentos do cultivo devem ser somente os permitidos pela Norma e cada intervenção no pomar deve ser anotada e justificada tecnicamente no caderno de campo.

Os trabalhos de armazenagem e embalagem devem ser registrados no caderno de pós-colheita. As informações contidas nestes documentos possibilitam rastrear o produto através do código de barras contido no selo. Todas as práticas utilizadas no processo de produção anual, desde a adubação até a embalagem, sofrem no mínimo 3 auditorias da empresa certificadora, credenciada pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia).

A maçã é a fruta pioneira no Brasil na obtenção do selo de conformidade. Na continuidade do Programa Integrado de Frutas (PIF), conduzido pelo MAPA, outras cadeias de frutas estão buscando a certificação. As que estão em estado mais adiantado são o mamão, a manga e a uva do Vale do São Francisco.

Além da segurança para consumo da fruta, outros benefícios desse sistema de produção são a redução e otimização do uso de agrotóxicos, a manutenção da qualidade do solo e da biodiversidade ambiental, a garantia de qualidade e a rastreabilidade dos produtos comercializados.

Segundo a pesquisadora Rosa Maria Valdebenito Sanhueza, da Embrapa Uva e Vinho e Coordenadora do Projeto de Produção Integrada de Maçã, a validação das Normas Técnicas no Campo e a qualificação técnica dos responsáveis pelos pomares são as grandes bases do Sistema, que demandou da Embrapa Uva e Vinho e dos seus parceiros sete anos de trabalho. Mas o esforço ainda continua, pois a produção certificada em 2003 é de 180.000 toneladas da fruta, cerca de 25% da área total de maçãs.

Muito trabalho ainda deverá ser feito pelos parceiros para otimizarem o sistema com a geração de novas tecnologias que aumentem ainda mais a sustentabilidade deste Sistema Produtivo, principalmente porque, a partir de 2004, o mercado externo só irá importar as frutas que apresentarem o Selo da PIM. Durante a Expointer 2003, que acontece até o dia 07 de setembro, os visitantes da Casa da Tecnologia poderão saborear a fruta no estande da Embrapa Uva e Vinho.

Mais informações na Expointer: Fernando Taroco (Mtb 6725/RS) Assessoria de Comunicação Social da Embrapa Contatos: (61) 9965-6954 – (51) 458 4290 E-mail: fernando.taroco@embrapa.br

Viviane Zanella Bello Fialho (Conrerp 1597) Embrapa Uva e Vinho Telefone: (54) 455-8084 E-mail: viviane@cnpuv.embrapa.br