De 22 e 24, o II Simpósio Internacional sobre o Mal-do-Panamá da Bananeira (International Symposium on Fusarium Wilt of Banana) reúne, em Salvador (BA), os maiores pesquisadores do mundo nesta que é, historicamente, a mais importante doença da cultura.

Organizado pelo International Network for the Improvement of Banana and Plantain (Inibap) - o órgão mais importante na área de melhoramento de bananeira, sediado em Montpellier (França) - e pela Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA) unidadeda Empresa Braslieira de pesqusia bra ce , o evento conta com o apoio da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e será realizado no Bahia Othon Palace Hotel.

Participam do simpósio cerca de 45 especialistas de diversos países (Austrália, Estados Unidos, Honduras, Cuba, Grã-Bretanha, África do Sul, Uganda, Índia, Ilhas Canárias, Costa Rica, Malásia, Quênia e Indonésia).

Segundo Aristoteles Pires de Matos, fitopatologista da Embrapa que participará do evento, o mal-do-Panamá (doença causada pelo fungo Fusarium oxysporum f.sp. cubense) dizimou em nível mundial, nos anos 50 e 60, os plantios da variedade Gros Michel, a de maior aceitação pelos consumidores e que foi substituída por variedades do subgrupo Cavendish, resistentes à doença. "Esse fato mostra a importância dessa doença que foi responsável pela mudança de hábito dos consumidores que passaram a consumir bananas Cavendish por falta da Gros Michel", explica.

No Brasil, o mal-do-Panamá é responsável por perdas significativas na produção de banana tipo Prata e é limitante à produção de banana Maçã, a mais aceita no mercado interno. Durante o evento, serão discutidos diversos temas relacionados ao melhoramento da bananeira, resistência e controle da doença.

Na quinta-feira, 25, o grupo se desloca para a cidade de Cruz das Almas, a 150 km de Salvador, para visita às instalações da Embrapa Mandioca e Fruticultura, onde será recebido pelo chefe geral Mario Augusto Pinto da Cunha. Os participantes vão assistir à palestra de Sebastião Oliveira, melhorista da Equipe Técnica de Banana e conhecer o Banco Ativo de Germoplasma de Banana, os campos experimentais da cultura, a Área de Produção de Material Básico e a Biofábrica, onde são produzidas mudas de elevado padrão genético e fitossanitário.

Léa Cunha (DRT-BA 1633) Embrapa Mandioca e Fruticultura Contatos: (75) 621-8076 - leacunha@cnpmf.embrapa.br