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Embrapa de Belém é finalista nacional do prêmio Finep

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A Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA) unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é uma das finalistas nacionais do prêmio Finep de Inovação Tecnológica 2003 e representará a região Norte na categoria Processo/Relevância da Inovação ou do Desenvolvimento Tecnológico, na cerimônia que acontecerá no final deste mês, em Brasília. Coordenado pelo pesquisador Osmar Lameira, o processo, considerado inovador e inédito, utiliza técnicas de micropropagação do curauá, planta produtora de fibra utilizada principalmente pelas indústrias automobilística . Ele é o único em que o curauá pode ser produzido em nível comercial.

Osmar Lameira explica que o processo tem aplicabilidade em todo o mercado nacional, podendo, através de parcerias com empresas privadas alcançar uma produção de até 2.000.000 mudas/ano, ao custo de U$ 0.14/muda ou U$ 285,714.00/ano. No mercado internacional, a produção de 200 toneladas de fibras, obtidas pelo beneficiamento de 2.000.000 de mudas cultivadas, gera em torno de U$ 58,571.00.

A técnica, que foi toda desenvolvida no Laboratório de Biotecnologia da Embrapa Amazônia Oriental, permite em um curto espaço de tempo produzir uma grande quantidade de mudas (1 gema gera 600 mudas/ano) clonadas sem espinho e de alta qualidade. O processo natural, que produz mudas desuniformes e sujeitas a baixa qualidade, necessita de um planta inteira para produzir apenas 40 mudas.

Cientificamente chamado Ananas erectifolius, é uma bromeliacea de ocorrência na região amazônica e cultivada principalmente por pequenos produtores da região do Lago Grande de Curuai no município de Santarém (PA) . Ele produz uma fibra de excelente qualidade, utilizada na indústria automobilística e têxtil. Sua resistência, maciez e peso reduzido o habilita a ser usado também como celulose e ração animal.

Atualmente a demanda por fibras de curauá, (indústrias automobilística e têxtil principalmente), está em torno de 500 ton/mês e a previsão é de 15.000 ton/ano em 2004. A Embrapa, em parceria com outras instituições e empresas privadas, tem uma capacidade de produção que ultrapassa a 1.500.000 mudas de curauá/ano.

Iniciado há quatro anos, o projeto de pesquisa que culminou com o processo de micropropagação do curuá, teve como primeiros parceiros o Governo do Estado do Pará, através da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectam), que financiou os trabalhos via Funtec, a Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri) e a Universidade Federal do Pará, através do Poema.

Prêmio - No total, 62 projetos foram escritos na região Norte, 26,5% a mais do que em 2002. O estado do Pará inscreveu 51 projetos, superando até São Paulo que participou com 49 propostas. O Prêmio Finep é dividido nas categorias Produto, Processo, Pequena Empresa e Instituição de Pesquisa e tem como objetivo promover e financiar a inovação científica, estimulando os esforços inovadores das empresas e institutos de pesquisa no campo tecnológico, sobretudo os que gerem resultados de impacto para a sociedade brasileira.

O Prêmio tem crescido a cada ano. Em 1998, quando iniciou, foram apenas 25 inscrições. No ano seguinte, 48 projetos e em 2000, já com características nacionais, recebeu 279 inscrições. Em 2001, 196 inscrições e no ano passado, 355.

Ruth Rendeiro - DRT 609/ 9985 1229/PA - Noely Lima Embrapa Amazônia Oriental Contatos: (92) 622-2012 - ruth@cpatu.embrapa.br  

Tema: A Embrapa\Gestão 

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