O ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (SEAP), José Fritsch, quer criar uma universidade virtual que reúna todos os projetos desenvolvidos por instituições de pesquisa para o setor. O anúncio foi feito na manhã de hoje, 1, a representantes do segmento reunidos no auditório da sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em Brasília/DF, para a abertura da I Conferência Distrital de Aqüicultura e Pesca. Presente na cerimônia, o diretor executivo da Embrapa, Clayton Campanhola, disse que o setor deve se aliar à pesquisa "para construir uma política de futuro".

"Queremos articular uma rede nacional de instituições de pesquisa para dar suporte ao setor", informou Fritsch. Segundo disse, com o orçamento do próximo ano, "a secretaria pretende reforçar o setor de pesquisa" com destaque para a área de doença, melhoramento genético e ração. A secretaria tem feito contatos com o Ministério da Ciência e Tecnologia para juntos, e em consonância com representantes da cadeia produtiva, definirem os projetos prioritários desse plano nacional. Os contatos com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento tem sido em relação às áreas de inspeção e vigilância sanitária.

Para Campanhola, a Embrapa tem de atuar mais nesse segmento do meio rural, que considera rico em termos de oportunidade de geração de emprego e renda. Conforme relatou o diretor, apenas alguns grupos isolados têm trabalhado com aqüicultura na Embrapa, mas assegurou que a empresa pretende participar da rede coordenada pela SEAP e "espera que a pesquisa atue de maneira integrada a todos os elos da cadeia produtiva".

A criação da SEAP, pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva, é, segundo Fritsch, oportunidade inédita de organização do setor, sendo a realização das conferências estaduais o primeiro passo nesse sentido. "A partir das conferências vamos reunir o setor, identificar os gargalos do processo produtivo e consolidar uma política nacional para os próximos dez ou 15 anos" ressalta.

Segundo diz, os produtores têm experiência acumulada, mas falta articulação da cadeia produtiva com vistas à industrialização, agregação de valor e abertura de mercado interno e externo, entre outras ações. Tudo isso será feito, conforme alertou, com base no tripé da sustentabilidade social, econômica e ambiental. Para o ministro, o setor tem enorme potencial no Brasil com os peixes amazônicos e do pantanal, espécies exóticas e ainda a pesca oceânica.

Fritsch disse que a discussão sobre linhas de crédito para implantação de projetos mais ousados está em fase final de definição. "Precisamos atuar também na estruturação da frota pesqueira nacional, para tanto vamos trabalhar na consolidação de cerca de dez portos pesqueiros nacionais", informa o ministro.

Para amanhã, 2, segundo dia da conferência, está programada a apresentação dos grupos em plenária e a escolha de delegados para a Conferência Nacional, que será realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, quando serão escolhidos os membros do conselho nacional.

Mais informações: Divino Lúcio da Silva - Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca - Escritório no DF SBN Q. 1 Bl.D Ed. Palácio do Desenvolvimento 5º andar fone (61) 326.5677 - e-mail: dlsilva@agricultura.gov.br

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