O presidente da Embrapa, Clayton Campanhola, inaugura no dia 10 o Laboratório de Óptica Laser da Embrapa Instrumentação Agropecuária (São Carlos, SP), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e participa do lançamento da pedra fundamental do Centro Tecnológico para Agricultura Familiar de São Carlos, apoiado pela Empresa. Em Piracicaba, onde será lançado o Medidor de Impurezas para Café em Pó, o presidente assina convênios com a ABIC- Associação Brasileira da Indústria do Café, que pretende usar tecnologias da Embrapa em seus Programas de Pureza e de Qualidade.

O Laboratório de Óptica e Laser será inaugurado às 10h30, no segundo piso do prédio, e é o primeiro da Embrapa dedicado, principalmente, à análise de nutrientes das plantas e fotodegradação de pesticidas. Avaliado em cerca de R$ 350 mil, o laboratório está equipado com tecnologia de ponta, como o espectrômetro de absorção eletrônica, espectrômetro de luminescência, laser de argônio, lâmpadas de ultravioleta de alta potência e fibras ópticas.

O Sensor de Campo, um dos instrumentos do laboratório, e que já foi premiado recentemente pela Embrapa, na categoria Criatividade, é empregado para avaliar o teor e a estabilidade da matéria orgânica e quantificar o estoque de carbono no solo. As informações geradas pelo sensor são importantes para identificar, entre outras, práticas agrícolas que reduzam o gás carbônico da atmosfera, um dos gases naturais que mais contribuem para o efeito estufa. Impureza no café em pó pode ser detectada em minutos

O Medidor de Impurezas para Café em Pó, desenvolvido pela Embrapa Instrumentação Agropecuária, será lançado às 16h30, na Esalq, em Piracicaba, pelo ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, presidente da Embrapa e com a presença do presidente da ABIC, Guivan Bueno. O principal objetivo do Medidor é detectar, pelo princípio fototérmico, com rapidez e precisão, as impurezas freqüentemente encontradas no produto.

Análises feitas com o aparelho mostraram até 85% de adulteração no café em pó, quando o aceitável pela legislação vigente é de até 1% de impureza. As técnicas utilizadas atualmente são demoradas e feitas a "olho nu" ou por lupa e ainda precisam de tratamento prévio da amostra, como lavagem com clorofórmio e secagem. Todo o processo leva de algumas horas a dias. Assim, as técnicas atualmente aplicadas não oferecem confiança, são demoradas, destrõem a amostra e empregam substância nociva para tratamento prévio da amostra, enquanto o sistema da Embrapa é simples, de fácil manejo, não é destrutivo, rápido, confiável e limpo.

A ABIC pretende usar o aparelho no Programa de Pureza e no novo Programa de Qualidade do Café. Para isso, durante o lançamento, serão assinados dois convênios entre a Embrapa e a ABIC; um para a implementação do sistema fototérmico para a detecção do teor de adulterantes em café torrado e moído e outro para o desenvolvimento de um protótipo da Língua Eletrônica, específico para classificar o café em tradicional, superior, gourmet e desclassificado, conforme programa de qualidade da Associação. O presidente Clayton Campanhola atenderá a imprensa às 10 horas, na Embrapa Instrumentação Agropecuária.

Joanir Silva - MTb 19554 Embrapa Instrumentação Agropecuária Contato: (16) 274 2477 - jo@cnpdia.embrapa.br