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Pesquisadores recomendam a destruição da soqueira do algodão

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Pesquisadores da Embrapa Algodão (Campina Grande, PB), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, estão estimulando os produtores de algodão da Paraiba a adotarem uma das principais recomendações técnicas para essa cultura: o arranquio e destruição da "soqueira" do algodoeiro.

"A destruição dos restos vegetais da cultura do algodoeiro no prazo de até 30 dias após a colheita é prática indispensável para a sustentabilidade da cultura. A medida visa reduzir o nível das populações remanescentes de pragas na área da cultura através da eliminação de sítios de proteção, alimentação e reprodução", diz o pesquisador José Ednilson Miranda.

Miranda e técnicos da empresa visitam nesta quarta-feira, 8, áreas de produtores do município de Juarez Távora, onde essa técnica já começa a ser utilizada pelos agricultores com acompanhamento técnico da Embrapa. "Todas as partes da planta devem ser destruídas no final da safra através de arranquio, enleiramento, queima e incorporação no solo", detalha o agrônomo. Ele acrescenta que entre as pragas cujos níveis populacionais são reduzidos com esta medida estão a broca da raiz, a mosca branca e, principalmente, o bicudo do algodoeiro.

O pesquisador lembra que alguns estados brasileiros já criaram legislação própria relacionada à medida fitossanitária, obrigando os proprietários ou arrendatários a adotar tal medida, com penalidades como multa de 5% do valor do produto vegetal que gerar e suspensão de cadastro de propriedades para pedidos de financiamentos.

"As instituições de pesquisa, transferência de tecnologia e assistência técnica devem estar empenhadas em orientar os produtores com trabalhos educativos visando conscientizá-los da importância de tal medida, uma vez que o controle de pragas como o bicudo, através da destruição dos restos culturais, influi decisivamente no nível populacional da praga na safra seguinte, tanto na sua propriedade quanto nas propriedades vizinhas", diz Miranda

Nas áreas de plantio de algodão do agreste da Paraíba, a Embrapa Algodão tem atuado intensivamente no sentido de assessorar a condução dessas lavouras, através de acompanhamento técnico, montagem de Unidades de testes e demonstração e realização de dias-de-campo.

Apesar do fato de que muitas destas lavouras são conduzidas no sistema de arrendamento, em que o arrendatário devolve a área ao proprietário, o pesquisador garante que é cada vez mais crescente a conscientização da importância da medida, com vistas a assegurar condições de baixo nível populacional de pragas como o bicudo na safra seguinte.     Dalmo Oliveira - MTbPB 0598/PB Embrapa Algodão Contatos: (83) 315.4361 – dalmo@cnpa.embrapa.br  

Tema: Produtos Agropecuários\Matérias Primas\Algodão 

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