O êxito da pesquisa agropecuária desenvolvida pela Embrapa foi referência básica na solenidade de inauguração da galeria de ex-ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da manhã desta quinta-feira, 23, na sede do órgão, conduzida pelo ministro Roberto Rodrigues e prestigiada por 12 ex-ministros. Homenageado na cerimônia, o pesquisador da Embrapa, Eliseu Alves, falou em nome da primeira diretoria da Empresa e lembrou a competência da direção atual, representada pelo diretor-presidente Clayton Campanhola, presente no evento ao lado da diretora-executiva Mariza Luz Barbosa.

Segundo Roberto Rodrigues, a solenidade foi motivada pelos 30 anos da Embrapa como "uma maneira de resgatar aqueles que contribuíram para a modernidade da agricultura brasileira", que chamou de heróis da nossa história. "Devemos a eles o que somos hoje", completou Campanhola, referindo-se em especial ao ex-ministro em cuja gestão foi criada a Embrapa, Luiz Fernando Cirne Lima. "Foi uma grande emoção poder encontrá-lo", ressaltou o diretor.

Em discurso veemente, Eliseu Alves reclamou recursos para a pesquisa agropecuária, ressaltando que "em cada um dos 24 bilhões de dólares exportados existe grande quantidade de conhecimento embutido. Se no pasado o suor dos trabalhadores era exportado junto com o café, hoje exportamos o suor dos cientistas brasileiros". O pesquisador pediu ainda maior apoio à extensão rural, para que as tecnologias desenvolvidas beneficiem também "os milhões de agricultores familiares carentes de assistência técnica".

Para o primeiro presidente da Embrapa, José Irineu Cabral, a Empresa tem como desafios atuais "alimentar os brasileiros, e aumentar as exportações e a competitividade com países de agricultura adiantada ao mesmo tempo em que resguarda sua tradição de competência". Também homenageado com a medalha de mérito Apolônio Salles, o ex-diretor da Embrapa, Roberto Miranda se disse honrado com a homenagem, mas que sua maior satisfação "é o êxito conquistado pela empresa ao longo dos anos". Cláudio Gastal e Jügen Döbereiner receberam a homenagem concedida in memorian, respectivamente, ao pai, o ex-diretor Edmundo da Fontoura Gastal, e à esposa, a pesquisadora Johanna Döbereiner.

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