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Ariranhas são atrações do Papo com Ciência

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As ariranhas vivem interações sociais intensas, os membros do grupo são unidos e existe uma real fraternidade entre eles. Um dos vídeos exibidos durante o Papo com Ciência, mostrou uma cena em que uma ariranha dava um pintado fresco e recém capturado de presente para uma outra ariranha, que segundo o pesquisador, era irmã da ariranha que havia capturado o peixe. "Essas imagens ilustram o comportamento especial e diferenciado das ariranhas", salientou o pesquisador.

As ariranhas vivem interações sociais intensas, os membros do grupo são unidos e existe uma real fraternidade entre eles. Um dos vídeos exibidos durante o Papo com Ciência, mostrou uma cena em que uma ariranha dava um pintado fresco e recém capturado de presente para uma outra ariranha, que segundo o pesquisador, era irmã da ariranha que havia capturado o peixe. "Essas imagens ilustram o comportamento especial e diferenciado das ariranhas", salientou o pesquisador.

Segundo Guilherme, as ariranhas são os maiores mustelídeos (a família das lontras, dos furões e da-irara) do mundo e estão ameaçados de extinção. "O Pantanal é um dos ecossistemas que abriga uma das maiores populações de ariranhas, que são exclusivas da América do Sul. Alguns estudiosos já registraram a presença de cerca de 300 ariranhas no Parque Nacional de Manu, no Peru e com isso durante muito tempo essa região foi considerada como o lugar com maior quantidade de exemplares dessa espécie em toda sua área de ocorrência. Hoje, acreditamos que a população de ariranhas do Pantanal já é maior do que a do Manu", explicou.

Para ele, esse é um indicador positivo que precisa ser conservado. "As ariranhas estão localizadas no topo da cadeia alimentar, esse é um indicador de que existe equilíbrio no meio ambiente e que o ecossistema pantaneiro está saudável", comemora. Guilherme explica que isso ocorre pois os habitats aquáticos no Pantanal são bem conservados, a ocupação humana é relativamente pequena e existe uma baixa pressão de caça na região.

Outra característica das ariranhas é que elas apresentam um significativo padrão de comunicação vocal. "As ariranhas comunicam-se entre si, chamam umas as outras, emitem sons de alerta quando se sentem ameaçadas, enfim têm um padrão de comunicação estabelecido, que funciona de forma eficiente", explica o pesquisador.

As ariranhas são animais diurnos e sensíveis a caça, pois são presa fácil, em função de sua curiosidade. "Elas tendem a aproximar-se de barcos de passeio e pesca e, é preciso que se respeite um limite de distância para com o animal, para se evitar a possibilidade de confrontos. Em geral, essa distância é estabelecida pela própria ariranha", acrescentou. Guilherme explicou ainda que as ariranhas despedem muita energia na marcação de território e o fazem através de fezes e urina. "Como elas vivem em grupos, reconhecem os membros integrantes da família em função do odor característico do grupo", completou.

Para o pesquisador as informações apresentadas poderão contribuir com a melhoria da qualidade das informações repassadas aos turistas que visitam o Pantanal, afinal as ariranhas são alegres, dinâmicas e despertam muito a atenção dos seres humanos.

A palestra parece ter agradado mesmo aos fregueses do Baís do Chopp, como Cleber de Oliveira Júnior, assistente administrativo do gasoduto Brasil-Bolívia (TBG), que é corumbaense, mas mora em Campo Grande. "Fiquei satisfeito de ter vindo a Corumbá justo hoje, data da realização do Papo com Ciência, a qualidade das informações e a informalidade desse encontro transformaram o evento numa experiência inédita para mim. A Embrapa Pantanal está de parabéns pela iniciativa", afirmou.

Cronograma – O quarto encontro do Papo com Ciência será no dia 5 de novembro com a palestra do pesquisador Walfrido Moraes Tomas sobre "Os pequenos e grandes herbívoros do Pantanal". O quinto encontro, acontecerá no dia 3 de dezembro. A palestra será ministrada pelo pesquisador Agostinho Catella, que falará sobre as oportunidades e desafios do turismo de pesca.

Christiane Rodrigues Congro - MTb-SC 00825/97 Embrapa Pantanal Contatos: (67) 233-2430 ramal 252 - congro@cpap.embrapa.br  

Tema: A Embrapa\Transferência de Tecnologia

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