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Embrapa realiza curso de diagnóstico e controle da neosporose

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Toda informação que permita garantir a sanidade do rebanho bovino é de fundamental importância para o produtor, contribuindo para evitar prejuízos econômicos e de saúde para o animal. A neosporose bovina pode trazer grandes problemas ao pecuarista. A importância econômica dessa doença é atribuída principalmente aos custos associados ao aborto, ao valor dos fetos, a inseminação artificial ou a cobertura, a diminuição da produção de leite, ao aumento do descarte e a reposição dos animais. As infecções congênitas ocorrem nos bovinos leiteiros e de corte, com maior número de casos nos rebanhos leiteiros.

Com o objetivo de transferir conhecimentos e tecnologias para médicos-veterinários para avançar no controle da neosporose no rebanho brasileiro e contribuir com o aumento da produtividade, a Embrapa Gado de Corte realiza de 17 a 20 de novembro o curso de Diagnóstico e Controle da Neosporose em Bovinos, coordenado pelo pesquisador Renato Andreotti.

São 20 vagas oferecidas para estudantes do último ano em Medicina Veterinária e Técnicos com experiência em doenças da reprodução. As inscrições podem ser feitas pelo telefone (67) 368-2010. O depósito do valor da inscrição (400 reais) deve ser feito em nome da Fundapam, Banco do Brasil, agência 381-2, c/c.: 6.999-X. O comprovante deve ser enviado para o fax: (67) 363-4124. O curso acontece na área de Sanidade Animal da Embrapa Gado de Corte localizada na Br 262, Km 4, em Campo Grande (MS).

Neosporose bovina - A neosporose é causada por um parasito chamado /Neospora caninum, /que tem como hospedeiro o cão, figura comum nas fazendas. As fezes de cães infectados podem contaminar água e alimentos dos bovinos. Nas vacas contaminadas, o protozoário pode induzir abortos a partir do segundo mês de gestação, afetando o desfrute do rebanho. Existe a suposição que as vacas podem se infectar, também, por meio de ingestão da placenta ou líquidos do aborto contaminados.

Um teste sorológico positivo indica exposição, mas não necessariamente infecção. O diagnóstico diferencial para aborto deve incluir diarréia bovina a vírus (BVD), rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR), leptospirose e brucelose. Recomenda-se para os produtores como medidas preventivas, a proteção dos alimentos e da água contra a contaminação com fezes de cães e a remoção dos fetos abortados e restos de placenta, evitando dessa forma a infecção por ingestão, tanto pelas vacas quanto pelos cães. Outra prática é evitar dar carne crua aos cães, porque se ela estiver contaminada com o parasito, além de sofrer a infeção, o animal poderá se transformar num hospedeiro definitivo.

Garantir um bom estado nutricional das vacas prenhes, principalmente no terço final de gestação, ajuda a reduzir os riscos de aborto entre os animais contaminados por esse parasito. O descarte de animais soropositivos pode ser pensado quando o número de animais for baixo. Em rebanhos controlados devem-se introduzir somente animais soronegativos. Estas são algumas medidas que o produtor pode tomar para prevenir a neosporose bovina.

Gisele Rosso - DRT 3091/PR Embrapa Gado de Corte Contatos: (67) 368-2142 e 368-2023 - girosso@cnpgc.embrapa.br  

Tema: Produtos Agropecuários\Pecuária e Pastagens\Gado de Corte 

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