Com a finalidade de popularizar uma nova variedade de banana, semelhante à pacovã, mas resistente à principal doença que ameaça a espécie, a sigatoka negra, será realizada terça-feira, 11 de novembro, no horário das 8h às 10h, degustação da banana Pelipita, a ser brevemente recomendada para a região, pela Embrapa Amazônia Ocidental, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O evento faz parte da programação da Exposição Agropecuária do Amazonas (Expoagro) e será realizada no Auditório do Parque de Exposições Angelino Beviláqua, rodovia AM-010, em Manaus.

A degustação será precedida de uma palestra a ser conduzida pelos pesquisadores da Embrapa, Mirza Carla Pereira e Adônis Moreira, que irão mostrar as vantagens da nova variedade. A banana Pelipita deve ser consumida, preferencialmente, cozida, frita ou na forma de mingau. Além de produtores, empresários e comerciantes, a degustação deverá reunir técnicos de instituições parceiras como o Sebrae/AM, Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas (Idam), Secretaria de Produção, Agropecuária, Pesca e Desenvolvimento Rural Integrado (Sepror) e Agência de Agronegócios do Estado do Amazonas (Agroamazon).

A banana Pelipita, tem como característica o sabor semelhante ao da pacovã, mas apresenta duas grandes vantagens em relação à cultivar tradicionalmente consumida pelo amazonense: tem 650% mais fibra e 625% menos gordura, ideal para dietas de baixas calorias. Além de ser resistente à sigatoka-negra, sigatoka-amarela e ao mal-do-Panamá.

Espécie cultivada no Caribe e norte da América do Sul, o material foi introduzido no Brasil por peruanos e colombianos. A Embrapa realiza estudos de resistência da Pelipita desde 1999. Conforme o pesquisador José Clério Pereira, membro da equipe da Embrapa que trabalha no projeto, os cachos da pelipita pesam, em média, 25 quilos, podendo atingir 45 quilos, quando a planta recebe os cuidados adequados de manejo e adubação.

A Pelipita chega a produzir 49 toneladas por hectare ao ano, o que representa receita bruta anual para o produtor rural, em torno de R$ 20 mil. A pacovã tradicional, explica José Clério, produz apenas 18 toneladas por hectare, gerando uma receita em torno de R$ 9 mil por ano.

Maria José Tupinambá (MTb 114/AM) Embrapa Amazônia Ocidental Contato: (92) 621-0300 // 9132-1112 E-mail: maria@cpaa.embrapa.br