01/11/03 |

Algodão colorido: impulso da Embrapa à agricultura familiar nordestina

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

 

 

Tecnologia será apresentada em feira botânica em Brasília
O algodão naturalmente colorido desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está fazendo grande sucesso entre os consumidores brasileiros e estrangeiros. Tem a vantagem de ter incentivado a economia familiar nordestina, principalmente nos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte, além de ser ambientalmente mais saudável, por não necessitar de tingimento químico, o que evita a emissão de poluentes e reduz a utilização de água e energia.

Essa e outras tecnologias desenvolvidas pela Empresa para a cultura de algodão no Brasil serão demonstradas por duas de suas 40 unidades de pesquisa – a Embrapa Algodão, localizada em Campina Grande, PB, e a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília, DF - durante a 21ª Feira Botânica do Shopping CasaPark, nos dias 29 e 30 de novembro.

O algodão colorido já era utilizado pelos Incas desde 4500 AC e por outros povos antigos das Américas, África e Austrália. Com a industrialização, as fibras coloridas, inerentes à maior parte das espécies primitivas de algodão, foram deixadas de lado, passando a ser utilizadas apenas para fins ornamentais e artesanais. Mas a Embrapa, que sempre acreditou na natureza como um banco de genes, e tem na conservação e estudo dos recursos genéticos um de seus alicerces, investe na preservação de espécies coloridas de algodão desde 1984. A partir de 1989, a Embrapa Algodão passou a desenvolver pesquisas para o melhoramento dessas espécies.

Em 2001, a Embrapa apresentou ao país a primeira cultivar brasileira de algodão colorido obtida por melhoramento convencional: a cultivar BRS Marrom. Hoje a Empresa – que já lançou a nova variedade BRS Verde- comemora, junto com a região nordeste, a contribuição dessas variedades para o resgate da produção de algodão nas terras do semi-árido, onde a cultura tinha praticamente desaparecido em função de uma praga devastadora, conhecida como bicudo do algodoeiro.

A fibra colorida possui valor de mercado 30 a 50% superior às fibras de algodão branco normal. A cultivar foi desenvolvida pela Embrapa para pequenos agricultores e já gerou inúmeros benefícios para as cooperativas de tecelãos e artesãos, pela produção e exportação de roupas. Grande parte da produção é destinada ao exterior porque alcança preços 100% mais altos do que no mercado interno, já que os consumidores externos dão preferência a produtos ecológicos e socialmente corretos.

Quem visitar o estande da Embrapa na 21ª Feira Botânica do CasaPark vai conhecer peças de roupas confeccionadas com algodão colorido e que vêm sendo comercializadas por micro e pequenas empresas nordestinas; fibras, fios e tecidos naturais nas cores marrom e verde; além de dois vídeos sobre o melhoramento do algodoeiro no Brasil e sobre a nova cultivar lançada pela Empresa – a BRS Verde.

Quem comparecer ao evento vai ter ainda a chance de contribuir para o programa Fome Zero do governo federal, através da troca de um quilo de alimento não perecível (exceto sal) por uma muda de palmeira juçara, ou palmito doce. A 21ª Feira Botânica do Shopping CasaPark acontece no dia 29 de novembro (sábado) das 10 às 21 horas, e no dia 30 (domingo) , das 10 às 18 horas. O endereço é SGCV/Sul Lote 22, Brasília-DF, ao lado do Carrefour Sul.

Fernanda Diniz - MTb 4685/89/DF Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Contatos: (61) 448-4769 e 448-4770 - fernanda@cenargen.embrapa.br  

Tema: Produtos Agropecuários\Matérias Primas\Algodão 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/