01/11/03 |

Emepa e Embrapa vão estreitar parcerias

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Dirigentes e pesquisadores das duas instituições encontraram-se em Campina Grande
  Pesquisadores e técnicos das duas principais instituições de pesquisa agropecuária da Paraíba realizaram ontem em Campina Grande(PB) a primeira de uma série de reuniões técnicas com vistas a estreitar ainda mais os laços de parcerias que as une historicamente. "Queremos efetivamente partilhar projetos e ações, recursos humanos e materiais", assegurou o presidente da Emepa-PB, Miguel Barreiro.

A primeira grande ação conjunta nessa nova fase deverá ser a realização de amplo diagnóstico agro-sócio-econômico-ambiental que técnicos da Embrapa Algodão e da Emepa-PB começam a fazer dentro dos próximos 15 dias nos municípios-pólos paraibanos do Programa Fome Zero. Os recursos para o trabalho, na ordem de quase R$ 600 mil, já foram disponibilizados pelo Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar.

Outro acerto praticamente definido na reunião de ontem é o uso em conjunto das estações experimentais das duas empresas. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vai ceder terras e estrutura de suas estações em Patos e Monteiro para que a Emepa-PB instale trabalhos de pesquisa com a caprino-ovinocultura. Em Patos, a Emepa também deve aproveitar a estrutura da estação do órgão federal para abrigar alguns dos seus funcionários que estariam ociosos por falta de uma base física naquela cidade. Em contrapartida, a empresa estadual deve perfurar poços artesianos e instalar estrutura de energia solar. "Vamos transformar a estação de Patos numa espécie de vitrine tecnológica, especialmente para a agricultura familiar", assegura Robério Ferreira dos Santos, chefe geral da Embrapa na Paraíba, que assumiu o cargo há cerca de 15 dias.

A estação experimental de Lagoa Seca, pertencente à Emepa, deve passar a abrigar experimentos da Embrapa Algodão. A estação possui cinco hectares disponíveis para agricultura irrigada, onde a estatal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deverá instalar experimentos que necessitam de irrigação constante, como algodão e mamona.

Pesquisadores da Embrapa devem também utilizar mais a estação experimental da Emepa em Sapé, para a condução de experimentos de campo com a cultura do amendoim, trabalho que já foi iniciado pela pesquisadora Taís Suassuna. A Emepa deve ajudar a Embrapa também no trabalho de testes de novas cultivares de algodão, no consorciamento do sisal com culturas alimentares e na busca de tecnologias alternativas para a alimentação animal.

"Precisamos entender que vivemos um paradigma na agricultura brasileira, onde o modelo da Revolução Verde foi ultrapassado. Teremos que nos tornar mais ágeis e socialmente aceitos", avalia Barreiro, acrescentando que a Emepa está aberta a uma ampla parceria com a Embrapa, na sua intenção, uma "parceria atrativa".

Miguel Barreiro também comentou sobre a possibilidade de uma fusão entre a Emepa e a Emater, que está sendo estudada pelo ProEstado. "Estamos tranqüilos porque a Emepa é uma empresa enxuta e estratégica para a Paraíba. No início de cada governo é normal que esse tipo de avaliação ocorra", comenta o executivo, avaliando ainda que para uma fusão coerente seria necessário primeiramente que o governo promovesse o saneamento financeiro da Emater.     Dalmo Oliveira - MTb/PB N.º 0598 Contatos: (83) 315.4361– dalmo@cnpa.embrapa.br  

Tema: Produtos Agropecuários\Matérias Primas\Algodão 

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