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Pesquisadora da Embrapa participa do COP-9, em Milão, Itália

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Encontro em Milão discute futuro do Protocolo de Quioto

Especialistas em meio ambiente e autoridades governamentais de 180 países estão reunidos em Milão, no norte da Itália, para a abertura do encontro anual de negociações sobre a Convenção das Nações Unidas (ONU) para Mudanças Climáticas. O encontro vai até o dia 12 de dezembro.

A COP-9 é a 9a. Conferência das Partes, da Convenção-Quadro da ONU. A cada ano ela é realizada em um país diferente. Participam todos os países signatários (denominados Partes) da Convenção.

Magda Lima, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) e coordenadora da Rede Agrogases, estará acompanhando a delegação brasileira na Conferência, representando a Embrapa e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Magda explica que é difícil prever como se comportará a cúpula internacional sobre mudança do clima, uma vez que diferentes interesses econômicos pesam sobre a decisão de cada país em adotar o protocolo. As medidas previstas pelo Protocolo de Quioto, segundo muitos estudiosos afirmam, estão muito aquém da real necessidade para se resolver o problema de aquecimento global, diz Magda.

A ênfase da conferência concentra-se no debate sobre o futuro do Protocolo de Quioto, de 1997, que trata da questão do aquecimento global, e que foi criado para impor restrições às emissões dos chamados gases do efeito estufa. A recusa dos Estados Unidos e da Rússia em ratificar o Protocolo significa que o documento ainda não foi colocado em prática.

Embora não tenham de obedecer ao Protocolo, muitos países pobres estão trabalhando para cortar a emissão dos gases que promovem o efeito estufa. Para entrar em vigor o documento precisa ser ratificado por pelo menos 55 países. Entre esses, devem constar aqueles que, juntos, produziam 55% do gás carbônico lançado na atmosfera em 1990.

Entenda o Protocolo de Quioto - O Protocolo de Quioto foi o resultado da 3ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada no Japão, em 1997. A conferência reuniu representantes de 166 países para discutir providências para se controlar o aquecimento global.

O documento estabelece a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) e outros gases do efeito estufa, nos países industrializados. Os signatários se comprometeriam a reduzir a emissão de poluentes em 5,2% em relação aos níveis de 1990. A redução seria feita em cotas diferenciadas de até 8%, entre 2008 e 2012.

Embora a União Européia já tenha anunciado seu apoio ao protocolo, os Estados Unidos - país que mais libera gases do efeito estufa na atmosfera - se negaram a assiná-lo. O quadro torna praticamente imprescindível a ratificação da Rússia, que não vai ratificar Protocolo de Quioto na forma atual.

A Rússia alega que na forma atual, o texto ameaça o crescimento econômico do país. O país responde por 25% das emissões anuais de gás carbônico, apesar de abrigar apenas 4% da população do planeta.

Os representantes de governos reunidos em Milão para um esforço de 12 dias no sentido de reavivar o protocolo se dizem esperançosos de que a Rússia mude de lado e ratifique o acordo no ano que vem, o que permitiria que ele passasse a ter valor de lei para os signatários.

Cristina Tordin Embrapa Meio Ambiente Contatos: (19) 3867.8700 - cris@cnpma.embrapa.br  

Tema: Atividades Temáticas\Meio Ambiente

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