Na próxima quarta-feira, dia 10, Campina Grande, PB viverá mais uma noite de glamour, bom gosto e elegância: um desfile de moda lança oficialmente na cidade o algodão naturalmente verde da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a BRS Verde. O auditório da FIEP se transformará numa passarela e o palco abrigará um cenário rústico, com motivação absolutamente rural. O evento, marcado para as 20 horas, promete agitar o mundo da moda local.

Os realizadores, o Centro de Tecnologia de Couro e Calçados, o Sesi, a Universidade Federal de Campina Grande e a própria Embrapa Algodão, optaram por um desfile mais temático e fora dos padrões das fashion weeks. Nada de música eletrônica. As 15 modelos convidadas para expor as 60 peças de algodão e couro, idealizadas pelo estilista  Angelo Rafael, do Laboratório do Vestuário, desfilarão por cerca de 30 minutos ao som de uma autêntica banda de pífanos da região.

"É um desfile conceitual. Fizemos peças leves, como tops e mini-saias, roupa para o calor do sertão ou o verão do litoral. Algo sensual, mas sofisticado, explorando um pouco aquela figura da 'menina-moça', como a Lisbela do filme de Arraes", adianta Rafael, que vai poder contar com a beleza agreste de Ingrid Kelly, no time das modelos escaladas.

Com forte apelo ecológico, o lançamento de mais uma variedade de algodão colorido pretende despertar na opinião pública as vantagens do uso desse tipo de tecido, que não recebe qualquer tipo de corante, indicado até para as pessoas alérgicas às tintas aplicadas aos tecidos convencionais. "O BRS Verde é mais ecológico também porque seu ciclo produtivo pode ultrapassar os três anos, o que significa, na prática, menos danos ao solo que os algodões brancos de ciclo anual", acrescenta Luiz Paulo de Carvalho, o melhorista de plantas responsável pela criação da nova variedade.

O pesquisador vai falar um pouco sobre seu trabalho antes do desfile. O público poderá assistir ainda dois vídeos sobre o trabalho da Embrapa. Um deles foi produzido por alunos e professores do curso de Artemídia, da UFCG, com roteiro de Ramiro Manuel Pinto. "Nossa idéia foi mostrar toda a cadeia produtiva do algodão colorido, do cultivo no campo até os processos industriais da confecção textil", diz o roteirista, que também é dirigente da Embrapa local.

Outra boa notícia diz respeito ao coquetel do evento: caldo de cana, sucos naturais, bolos, doces e salgados à base de amendoim e gergelim - receitas desenvolvidas pelo Laboratório de Tecnologia de Alimentos da Embrapa Algodão - e uma boa brejeira, que afinal, ninguém é de ferro.     Dalmo Oliveira - MTb PB 0598/PB Embrapa Algodão Contatos: (83) 315.4361 – dalmo@cnpa.embrapa.br