A busca de novos subsídios para o fechamento de um trabalho desenvolvido há quase três décadas na formatação de modelos de simulação em produção agrícola é o motivo que traz o professor Tony Hunt, da Universidade de Guelph, Canadá, à Embrapa Trigo (Passo Fundo, RS) unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Os modelos de simulação já fazem parte dos prognósticos na produção agrícola em, praticamente, todo o mundo. O processo consiste em agrupar dados sobre temperatura, precipitações, solo,  patologias, insumos e registrar em meio digital, permitindo assim simular o comportamento de uma lavoura. A técnica é a base para a realização de estimativas de safras.

Na Embrapa Trigo, o trabalho com modelos de simulação é realizado principalmente para avaliar a incidência de doenças nos grãos. "A partir de um determinado cenário é possível prever, por exemplo, quanto estrago uma doença causaria numa cultura com o atual estágio de desenvolvimento das plantas, diante da incidência de fatores como umidade, absorção de nutrientes ou radiação solar", explica o pesquisador José Maurício Fernandes. Segundo ele, o método permite fazer um prognóstico da situação resultando na formulação de estratégias de controle do problema.

Para a Embrapa Trigo, a maior vantagem da simulação é reduzir custos na pesquisa, já que no modelo de desenvolvimento das plantas em estufas climatizadas o processo se torna muito oneroso. A troca de experiências entre os pesquisadores  acontece no período de 15 à 30 de janeiro, quando começam a ser testados os modelos norte americanos com o objetivo de futura adaptação à realidade agrícola brasileira.   Joseani M. Antunes- MTb 9396/RS Embrapa Trigo Contatos: (54) 311.3444 - joseani@cnpt.embrapa.br