A correta estruturação do rebanho leiteiro é fundamental para que os produtores consigam obter produção e produtividade suficiente à sua sustentabilidade. Esta atividade é um negócio capaz de gerar renda diária e fixar o homem no campo e será recomendada aos produtores visitantes do Show Rural Coopavel 2004, no período de 9 a 13 de fevereiro em Cascavel-PR, no estande institucional Embrapa

Atualmente o acúmulo de vacas improdutivas e o longo intervalo entre os partos tem exigido que existam medidas de correção desses fatores, tais como: estratégias de manejo alimentar, controle sanitário e reprodutivo. Além disso, existe a necessidade de correção de possíveis deficiências na formação do rebanho leiteiro, e para isso surge a alternativa de se utilizar "campos de recria de terneiras", pois essa fase é a que tem se mostrado mais importante para a mudança de estrutura do rebanho. Estudos realizados pela Embrapa Pecuária Sul (Bagé, RS) indicam que cera de 38% dos animais leiteiros  não estão efetivamente em ordenha.

O sistema de recria desenvolvido na unidade de pesquisas, em Bagé-RS, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, fruto de parceria com cooperativas e a Emater, reúne a cada 6 meses grupos de 50 terneiras, entre 5 a 6 meses de idade, que retornam a sua propriedade de origem, já em pré-parto.

Os animais com idade média de 18 meses são inseminados e projeta-se o parto para os 27 meses de idade, que é o mais adequado para a raça holandesa. No caso de Jersey, poderá ser um pouco mais cedo, mas é dependente do desenvolvimento corporal da raça.

Na fase recria deverá ocorrer os maiores cuidados com a terneira, principalmente a alimentação adequada, porque a inadequada nutrição nessa fase leva a diminuição de até 50% da produção de leite na primeira lactação.

A transferência dessa tecnologia é realizada através de dias de campo, visitas, palestras e está disponível em publicações técnicas que visam expandir esse sistema de produção aos produtores e apresentar os resultados técnicos e econômicos.

Segundo o pesquisador Jocely Portella, a recria terceirizada aponta possibilidades de melhorias para a cadeia produtiva do leite, através de ma iniciativa simples, com a integração de entidades parceiras que podem ser substituídas por iniciativas particulares de produtores. "Com esse trabalho lança-se à classe de produtores uma alternativa para gerar mais renda e oportunidade de empregos com a formação de uma categoria de produtor-recriador", destacou.

O quê? Centro de Recria de terneiras leiteiras Onde? Embrapa Pecuária Sul, Bagé-RS Como? É um local onde se desenvolvem práticas de manejo na recria de terneiras de leite à pasto em um segmento profissional terceirizado. Para quem? Produtores de leite

Dados importantes: Ganho médio diário de 600kg/dia das terneiras; 50% mais leite na primeira lactação; Primeiro parto com 28 meses; Índice de prenhes em torno de 92%; Desembolso de cerca de R$ 10,40 por terneira mês; Ganho médio de 3,6 salários mínimos mensais;

Vantagens: Incluir mais vacas em lactação; Boa formação da terneira; Utilização de animais excedentes; Oportunidades de ganhos; Ampliação do rebanho; Garantia de capacitação profissional;

Cristiane Betemps - MTb 7418 - RS Embrapa Pecuária Sul Contatos: 053) 242 8499, ramal 253 - betemps@cppsul.embrapa.br