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Fundação Centro Oeste e Embrapa apresentam variedades de soja e arroz

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Variedades de soja e arroz desenvolvidas pelo convênio Embrapa e Fundação Centro Oeste (Primavera do Leste, MT) foram apresentadas a um público de mais de 200 pessoas nessa quarta-feira, 18, no Campo Experimental da Embrapa Rondônia em Vilhena. Entre os lançamentos de soja, a BRS Tianá, nome indígena que significa "sempre verde", despertou interesse entre produtores.

Com boa estabilidade de produção, bom vigor vegetativo e de maturação uniforme com tolerância às doenças de final de ciclo, a BRS Tianá apresenta produtividade superior às cultivares de ciclo tardio, chegando a mais de 60 sacas / hectare. Linhagens - ainda na fase de testes, sem sementes disponíveis - de ciclos tardio e precoce também foram apresentadas.

Variedades recém-lançadas de arroz - a BRS Colosso e a BRS Curinga - foram temas de palestras no dia de campo. De acordo com o pesquisador do Escritório de Negócios da Embrapa (SNT) em Rondonópolis Valter Peters, as novas variedades podem vir a substituir a BRS Primavera no mercado, que apresenta alguns problemas agronômicos, como a suscetibilidade ao acamamento e à doença brusone, além de possuir baixo rendimento de grãos inteiros.

"Em análises, A BRS Colosso já atingiu a marca de até 60% de grãos inteiros, além de apresentar um ótimo poder de cocção", apresenta Peters. A BRS Curinga - de abrangência no Centro Oeste brasileiro - apresenta as mesmas características da BRS Colosso, diferenciando apenas no maior período do ciclo: 15 dias.

Nas outras estações organizadas no evento, novas tecnologias desenvolvidas pela Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mapa, relacionadas à fertilidade do solo, desenvolvimento de novos cultivares, mercado e controle de pragas e doenças foram transmitidas.

O coordenador do Programa de Pesquisa de Soja para os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia da Embrapa e da Fundação Centro Oeste, Carlos Eduardo Pulcinelli, pesquisador da Embrapa Soja (Londrina, PR), apresentou três diretrizes que norteiam o trabalho genético no lançamento de variedades: produtividade, resistência a doenças e características específicas.

Avanço da ferrugem asiática é debatido - A ferrugem asiática - bastante abordada pelos especialistas no primeiro dia de campo da semana, realizado na última segunda-feira, 16, em Cerejeiras, município localizado ao sul de Rondônia - voltou a ser discutida. "A ferrugem entrou no Brasil há três safras e gastaremos no mínimo mais quatro anos para apresentar variedades resistentes", explica Pulcinelli.

O ataque do fungo causador da doença nas lavouras de soja ao sul de Rondônia está provocando temor entre produtores. "A ferrugem apareceu há pouco tempo na região e fomos pegos de surpresa. A aplicação de fungicidas é a única saída para tentarmos controlar o problema, apesar do alto custo dos produtos", afirma o produtor Telmo Heuser, que planta 400 hectares da cultura em Vilhena.

Pesquisadores frisam novamente a necessidade de monitoramento nas lavouras, identificando o problema o quanto antes. "Se identificada, o método de controle deve ser feito com a aplicação de defensivos químicos em etapas exatas no decorrer do desenvolvimento da planta", explica Carlos Eduardo Pulcinelli. Na sexta-feira, 20, Sapezal, no Mato Grosso, encerra a programação dos dias de campo.

Mais informações podem ser obtidas junto à assessoria de comunicação social da Embrapa Rondônia pelo e-mail gfviana@cpafro.embrapa.br, pelo telefone (69) 225-9387 ou na Área de Comunicação e Negócios (ACN) da empresa em Porto Velho (RO): BR 364, km 5,5 (sentido Cuiabá).

Guilherme Ferreira Viana (MTb/MG 06566 JP) Embrapa Rondônia Contatos: (69) 225-9387 - gfviana@cpafro.embrapa.br  

Tema: Produtos Agropecuários\Grãos\Arroz 

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