01/03/04 |

Turismo científico é alternativa para comunidades sertanejas

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Pesquisadores da Embrapa Algodão(Campina Grande/PB) estão envolvidos na elaboração de uma ação integrada visando ao desenvolvimento de projeto que unindo o potencial turístico do meio rural paraibano à agricultura ecologicamente correta e voltada para o uso sustentável dos recursos hídricos no sertão do Estado.

Em parceria com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e a Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (Facisa), a estatal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está em busca de financiadores para um projeto inovador a ser implantado inicialmente nos municípios de Cabaceiras e Patos.

A idéia é utilizar o fato desse ser o município de menor pluviosidade do Estado, para implantar uma experiência de reuso de águas e utilização de energia solar. Estima-se que na localidade cada habitante utilize diariamente 100 litros d'água, que poderiam ser reutilizados na irrigação de culturas agrícolas. "O setor hoteleiro da cidade já mostrou interesse na reutilização da água", adianta José Américo Bordini, um dos articuladores do projeto na Embrapa.

Os pesquisadores da Embrapa também pretendem utilizar o cultivo do algodão colorido como chamariz para o turismo científico na região. Segundo o pesquisador Napoleão Beltrão, na região polarizada por Patos já existem seis municípios aptos a ingressarem imediatamente no cultivo orgânico de variedades de algodão colorido desenvolvidos pela Embrapa Algodão. "São cerca de 200 hectares cultiváveis naquela região e que podem dar aos agricultores ganhos de até 40% superiores em relação ao cultivo convencional", comenta Beltrão.

O plantio de algodão colorido de forma orgânica pode se tornar um grande filão para a economia agrícola local, mas necessita ainda de uma certificação especializada, realizada por organismo internacional, para garantir que o cultivo se dá sem o uso de qualquer insumo agrícola (adubos, agrotóxicos etc). Segmentos da cadeia têxtil local estão tentando viabilizar a contratação de uma empresa especializada que faça a certificação.

Os pesquisadores das instituições parceiras dizem que esse tipo de projeto poderá servir ainda como fomento da fixação da juventude rural nos assentamentos da Reforma Agrária no Estado. "É importante que sejam oferecidas novas oportunidades de emprego e renda para os jovens no campo, para evitar o deslocamento desse contingente para as grandes cidades", avalia a professora do Departamento de Sociologia e Antropologia da UFCG, Magnólia Cabral da Silva.

Dalmo Oliveira (MTb 0598/PB) Embrapa Algodão Contatos: (83) 315.4362/9312.3066 - Fax: (83) 315.4367 E-mail:dalmo@cnpa.embrapa.br ou oparaiba@hotmail.com  

Tema: A Embrapa\Transferência de Tecnologia 

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