01/03/04 |

Mangaba: gostosa, light e versátil, fruta é tema de pesquisas na Embrapa

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

Uma árvore que dá frutos diversos, da reserva legal aos lucros colhidos no pomar. A mangabeira, árvore nativa do Cerrado e dos tabuleiros costeiros nordestinos, é objeto de estudo de cientistas da Embrapa Cerrados (Planaltina, DF), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Eles pesquisam, há três anos, a reprodução da mangabeira e sua introdução ao cultivo, além de aspectos sanitários. Os pesquisadores Ailton Vitor Pereira e Elainy Botelho C. Pereira (Agenciarural, GO), estudam técnicas de plantio com sementes e de reprodução clonada.

Clonagem e possibilidades comerciais - "A clonagem é ideal para quem quer plantar fruteiras visando à produção comercial", explica Pereira. Entre as vantagens que o cientista aponta, é que a clonagem ou reprodução assexuada, feita por meio de enxertia, garante a qualidade e a precocidade de produção de frutos. Enquanto uma mangabeira reproduzida por semente demora pelo menos cinco anos para frutificar, o clone pode gerar mangabas a partir de dois anos.

Embora a fruta seja mais consumida no nordeste do país, as mangabas do Cerrado podem ser bastante atraentes do ponto de vista comercial. O peso da mangaba do Cerrado pode chegar a 250g. No Nordeste, a fruta tem, em média, 30g.

A mangaba é bastante apreciada por seu sabor característico, para ser consumida in natura, em sorvetes ou sucos e por sua leveza calórica: cerca de 50 quilocalorias por 100g. Além disso, a mangabeira é uma cultura rústica, que se adequa a solos arenosos, de pouco aproveitamento agrícola. Por isso, é apontada como uma alternativa economicamente viável para pequenos e médios produtores. Um dos objetivos das pesquisas na Embrapa Cerrados é oferecer condições de levar a mangabeira a pomares comerciais.

Reserva legal - Para manutenção de uma reserva legal, a reprodução com sementes é a mais apropriada, por garantir a diversidade genética das árvores. A pesquisa na Embrapa Cerrados sobre reprodução sexuada é composta do estudo dos recipientes mais adequados para o plantio, dos melhores substratos e adubações para o plantio de mudas e técnicas de manejo no viveiro.

Sanidade da mangabeira - Os pesquisadores da Embrapa Cerrados José de Ribamar Nazareno dos Anjos e Maria José D´Avila Charchar tiveram um resultado importante na área de sanidade no ano passado. Eles diagnosticaram um outro tipo de podridão das raízes, causado pelo fungo Fusarium solani em mudas e plantas adultas de mangabeiras do Cerrado. Atualmente, eles pesquisam a relação entre níveis de água no solo e podridão de raízes.

O pesquisador da Embrapa Cerrados Nilton Tadeu Vilela Junqueira, em conjunto com Pereira e Elainy, fizeram uma revisão bibliográfica sobre as doenças mais comuns da mangabeira: antracnose, mancha parda ou mancha roxa e podridão de raízes e as formas de evitar ou minimizar essas doenças.

Informações para o produtor - A Embrapa, o Governo de Goiás e a Agencia Rural lançaram uma publicação sobre de Mudas de Mangabeira (Documentos 65 da Embrapa). Informações podem ser obtidas pelo Serviço de Atendimento ao Consumidor, email sac@cpac.embrapa.br e telefone (61) 388-9953.

Vivian de Moraes - MTb 294.621 Embrapa Cerrados Contatos: (61) 388-9953 - vivian@cpac.embrapa.br  

Tema: Ecossistema\Cerrados 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/