As famílias beneficiadas pelo projeto "Desenvolvimento e Validação de Alternativas Tecnológicas para Agricultores Familiares do Município de Alcântara – MA" iniciaram este mês o plantio de mandioca e feijão-caupi nas áreas destinadas ao cultivo agrícola.

O projeto, financiado pelo CNPq, é uma parceria entre a Embrapa Meio-Norte (Teresina, PI), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a Agência Espacial Brasileira, a Universidade Estadual do Piauí, a Universidade Estadual do Maranhão e a Gerência de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Maranhão (Geagro). As atividades estão sendo implantadas na comunidade remanescente de quilombos, Só Assim e na comunidade Primirim, fruto de um assentamento do Incra.

As famílias que formam hoje a comunidade Só Assim viviam da pesca na área onde atualmente está situada a base de lançamento de foguetes de Alcântara, em virtude disso, a Agência Espacial Brasileira procurou a Embrapa Meio-Norte para tentar fazer um trabalho social junto aos moradores, que saíram de uma atividade pesqueira, mas tiveram que mudar-se para um local onde não seria mais possível sobreviver somente com a pesca, havendo portanto, a necessidade introduzir outras atividades geradoras de renda.

As atividades em Alcântara tiveram início em janeiro deste ano com o diagnóstico coordenado pela equipe da Área de Agricultura Familiar da Embrapa Meio-Norte. Os pesquisadores, além de técnicos do PNUD, DLIS, Geagro e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Maranhão tiveram duas reuniões nas comunidades Só Assim e Primirim e definiram o que será trabalhado nos dois locais. Em cada comunidade fazem parte do projeto cerca de 35 famílias

Este ano será plantado feijão, em consórcio com a mandioca e a partir de 2005 será plantado também arroz e milho. Também será introduzido este ano o sistema alternativo de galinha caipira. Será incrementada também a fabricação de farinha de mandioca, um dos principais produtos do Estado. Nos locais já existem casas de farinhas que foram construídas, mas que estão em condições precárias.

Eugênia Ribeiro Jornalista MTb 1091/PI Embrapa Meio-Norte Contatos: (86) 225-1141 - R 265 - eugenia@cpamn.embrapa.br