Contribuir para o desenvolvimento do Brasil é uma grande missão e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, tem cumprido seu papel. Ao longo de 31 anos, que se completam neste mês, a instituição desenvolveu pesquisas que beneficiaram produtores rurais de todo o Brasil e gerou riquezas que fazem aumentar a cada ano a participação do setor agropecuário nas exportações brasileiras.

Uma das unidades da empresa, a Embrapa Cerrados (Planaltina - DF), criada em 1975, contribui muito para o fortalecimento da instituição com pesquisas e tecnologias para as áreas ambiental, de desenvolvimento rural e de agronegócios. O sucesso da agricultura e da pecuária no Cerrado, inimáginavel na década de 60, hoje é realidade, bem como a caracterização da fauna e da flora local, cuja exploração sustentável já é possível em comunidades tradicionais graças a programas ambientais da unidade.

Cultivares de soja, trigo, feijão, cevada e outras culturas anuais lançadas pela Embrapa Cerrados demonstram o sucesso das pesquisas de melhoramento vegetal na unidade. Ainda na linha de melhoramento destacam-se a fruticultura no Cerrado e o desenvolvimento de novas alternativas de pastagens. Culturas novas no Brasil, como a quinoa e o amaranto, provenientes dos Andes, são novidade nesse processo, mas já começam a conquistar o interesse dos produtores.

Todo esse investimento em tecnologia contribuiu para que o país se fortalecesse ao longo de três décadas como um gigante do agronegócio. Nesse período, o novo espaço que a agropecuária conquistou no Brasil esteve principalmente no Cerrado, área antes considerada imprópria para o cultivo, devido à pobreza de seus solos. A contribuição dos pesquisadores da Embrapa Cerrados em relação à fertilidade e correção dos solos tornou possível que lavouras de soja, feijão, milho e trigo pudessem se tornar realidade na região.

Na agricultura familiar, projetos de desenvolvimento rural como o Projeto Silvânia, realizado entre 1986 e 1988, permitiram que a Embrapa Cerrados levasse capacidade de organização a trabalhadores rurais de forma participativa, de acordo com o conceito de associativismo. Atualmente, há projetos semelhantes em andamento em Unaí (MG), em um assentamento de reforma agrária, e Pium e Natividade (TO).

Vivian de Moraes - MTb 294.621/SP Embrapa Cerrados Contatos: (61) 388-9953 - vivian@cpac.embrapa.br