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Embrapa indica híbridos de pimentão para o Projeto Estufa

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  Após um estudo que levou quatro meses, a Embrapa Roraima (Boa Vista, RR), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está indicando os híbridos de pimentão Nathalie, Amanda e Magali, já produzidos em escala comercial, como os mais adequados ao cultivo no município de Boa Vista, através do Projeto Estufa. O trabalho foi coordenado pelo pesquisador Bernardo Halfeld Vieira.

Esses híbridos, segundo o pesquisador, se destacaram pela produtividade. Eles tiveram um potencial médio, semanal, por estufa, de 1.306 frutos maduros, o que equivale a 100 quilos, toda semana. As plantas, durante a condução do experimento, foram atacadas pelo ácaro-branco e a antracnose, praga e doença comuns no cultivo de pimentão.

O ácaro-branco, cujo ataque se caracteriza pelo alongamento e a deformação das folhas, foi controlado pelo princípio ativo abamectin. Já a antracnose, que se manifesta através de manchas escuras e provoca o apodrecimento do fruto, não avançou. Os três híbridos tiveram poucas perdas sem a necessidade da aplicação de fungicidas.

Um fato chamou a atenção da equipe de pesquisadores: houve uma redução significativa das perdas em colheitas seguintes, à medida que os frutos atacados eram removidos da área plantada. "Constatamos que essa é uma prática importante no manejo integrado da antracnose", revela Bernardo Halfeld.

O estudo de viabilidade produtiva dos híbridos de pimentão foi a primeira ação efetiva da Embrapa Roraima no Projeto Estufa, da Prefeitura de Boa Vista, ampliando assim as parcerias da Unidade na Agricultura Familiar. Além de Bernardo Halfeld Vieira, trabalharam no estudo os pesquisadores Kátia Nechet, Paulo Roberto Valle e Moisés Mourão Júnior, da Embrapa; e Wellington Farias, da Universidade Federal de Roraima.

Emprego e renda – Nascido há sete meses para gerar emprego e renda num município onde as oportunidades de trabalho são poucas, o Projeto Estufa, através de uma cooperativa dos hortifrutigranjeiros, já tem hoje 108 produtores. A projeção para o final deste ano é de que o número chegue a 400 associados, segundo o diretor de Produção e Comercialização da Secretaria Municipal de Agricultura, Ivan Luiz Oliveira.

Cada associado tem uma produção média, por semana, de 350 quilos de produtos como abobrinha, alface, acelga, abóbora, agrião, acerola, macaxeira, pimentão, tomate, mamão, pepino, cheiro-verde, couve, feijão metro, quiabo e outros. A renda média bruta de cada produtor, mensalmente, é de R$ 1.500,00.

O pimentão produzido no projeto, por exemplo, é comprado pela cooperativa por R$ 1,00 o quilo, em média. Este mês a média do preço do quilo de pimentão, no varejo, nas feiras livres e supermercados de Boa Vista, é de R$ 2,00. Segundo Ivan Luiz Oliveira, o preço de repasse dos produtos da cooperativa varia de acordo com o Balcão do Agronegócio do Amazonas, em Manaus; e com a Ceagesp, em São Paulo.

Controle – A estrutura da estufa do projeto - que na verdade é uma unidade de cultivo protegido – tem 350 metros quadrados com tela de aço, plástico, ferro, madeira e ainda dispõe de um mini-sistema de irrigação. Ela controla o excesso de chuva, reduzindo a incidência de doenças e permitindo uma produção contínua durante todo o ano.

Fernando Sinimbu - 654 MTb/PI. Embrapa Roraima Contatos: (95) 626-7125 - fernando@cpafrr.embrapa.br  

Tema: Produtos Agropecuários\Hortaliças 

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