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Embrapa 31 anos - Empresa comemora contribuições para o desenvolvimento do Brasil rural

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A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, está fazendo 31 anos. A solenidade comemorativa ao aniversário está marcada para as 20 horas de hoje, quarta-feira (28), na sede da empresa, em Brasília (DF).

Os resultados alcançados por seus pesquisadores têm sido, nesses anos, decisivos para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro. E para continuar desempenhando seu papel, a Embrapa contará, em 2004, com um orçamento total para custeio e investimentos 35,6% maior que em 2003, equivalente a 223,3 milhões de reais. Deste montante, 61.7% irão para projetos voltados para o aumento da competitividade do agronegócio, 5,9% para ações de transferência de tecnologia nas mais diversas áreas e 5,7% para atividades que visam promover a inclusão tecnológica de segmentos de produtores ainda não atingidos pelas pesquisas da Embrapa. Os 26,7% restantes são para manutenção das Unidades de Pesquisa.

Lucro social, algodão, clonagem e artigos técnicos - O "Balanço Social 2003" da Embrapa aponta um lucro social de R$ 11,6 bilhões proporcionado pela pesquisa. A avaliação do impacto econômico de tecnologias analisa os benefícios que a pesquisa gera para os produtores e consumidores. Os benefícios estimados são decorrentes dos aumentos de produtividade, da redução dos custos de produção, da expansão da produção em novas áreas e da agregação de valor a produtos, calculados comparativamente a tecnologias usadas anteriormente.

O trabalho da Embrapa voltado à cultura do algodão muito contribuiu para que a Região Centro-Oeste hoje responda por 78% da produção nacional da cultura. Além das cultivares lançadas para a Região, as pesquisas proporcionaram grande redução no uso de defensivos: o número de aplicações caiu de 13 para 6 por safra, em média. A Empresa foi contemplada com o Prêmio Finep 2003 por essa contribuição.

Em 2003, foi concedida à Embrapa a primeira Licença de Operação de Área de Pesquisa (LOAP) para experiências a campo, no Brasil, com mamão transgênico resistente ao vírus da mancha anelar. Neste ano, a LOAP foi concedida para feijão resistente ao vírus do mosaico dourado. Está em processo final de liberação o licenciamento para a batata resistente ao virus PVY.

As pesquisas da Embrapa fizeram do Brasil pioneiro na clonagem de bovinos. Em 2001, a Empresa obteve a Vitória a partir de técnicas de clonagem. Em 2004, nasceu Vitoriosa, o primeiro clone de um clone nascido na América Latina. Vitoriosa é clone da Vitória.

Os pesquisadores da Embrapa publicaram, em 2003, 1.409 artigos em revistas científicas, 2.365 artigos técnicos em anais de congresso e 976 capítulos em livros técnicos e orientaram 259 teses de pós-graduação.

Entre 1975, dois anos após a criação da Embrapa, e 2001, a produção brasileira dos cinco principais grãos (trigo, arroz, milho, soja e feijão) cresceu 148% com aumento de pouco mais de 34% na área plantada, e alta de 84% na produtividade.

Considerando as últimas cinco safras - no conjunto das lavouras de algodão, arroz, feijão, milho, soja e trigo - as cultivares da Embrapa e as obtidas em parcerias ocuparam uma área equivalente a 44% do total cultivado no País. O desempenho da empresa é observado entre 16 das principais entidades públicas e organizações privadas detentoras de cultivares.

Só no caso da soja, cultura que dá ao Brasil a condição de segunda maior produção mundial, a Embrapa responde pelas variedades presentes em cerca de metade da área plantada. Na safra 2002/2003, foram colhidos 52 milhões de toneladas do grão. As cultivares da Embrapa respondem, ainda, por 41% da área plantada com arroz inundado, 80% com arroz de terra alta, 45% com feijão e 46% com trigo. A estimativa dos impactos econômicos gerados por cultivares da Embrapa em 2003 é de R$5,5 bilhões.

Em 2003, foram licenciadas 463 mil toneladas de sementes, um aumento de 71,4% em relação ao ano anterior. Isso significou, também, um crescimento de 25% nos contratos e a arrecadação de 13,8% a mais de royalties da iniciativa privada.

Trabalhos voltados à melhoria dos níveis de nutrição dos rebanhos e do seu padrão genético, à qualidade das pastagens e ao rastreamento dos animais muito contribuem para que o Brasil se apresente hoje como o maior exportador de carne bovina. O país assumiu, em 2003, o posto de maior exportador também de carne de frango.

A empresa reúne 37 centros de pesquisa, três Serviços Especiais e 15 escritórios de negócios tecnológicos, distribuídos em quase todos os estados da Federação. Essa estrutura abriga um quadro de pessoal formado por 8.619 empregados, incluindo 2.209 pesquisadores, dos quais 1.257 são doutores.

Marita Cardillo – 2264 DF - Assessoria de Comunicação Social da Embrapa Colaboração: Jorge Reti, Clóvis Wetzel e Rose Azevedo Contatos: Telefone (61) 448.4039 - marita@sede.embrapa.br  

Tema: A Embrapa 

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