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Embrapa Meio Ambiente no IV Ciência para a Vida

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A Embrapa Meio Ambiente (Jaguariuna, SP), unidade de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento participa da 4ª Exposição de Tecnologia Agropecuária Ciência para a Vida, que acontece de 18 a 23 de maio, em Brasília, DF, demonstrando, de maneira prática e fácil, como se monitora a qualidade do ar e da água. Expõe também um painel representando a cartilha dos jogos ambientais da Ema editada por pesquisadores da Unidade, com o tema água sempre presente na vida para enfatizar a sua importância.

Leveduras como indicadoras de poluição do ar - A observação e interpretação de mudanças biológicas associadas com perturbações ambientais é a essência racional dos bioindicadores. Muitas espécies de plantas, bactérias, fungos, leveduras, crustáceos, dentre outros podem fornecer uma indicação rápida e sensível da pobre qualidade ambiental. Algumas espécies, como por exemplo, moluscos acumulam metais pesados e outras substâncias do ambiente indicando tanto a ocorrência como o nível de um dado poluente em águas e em sedimentos.

As leveduras do gênero Sporobolomyces são extremamente sensíveis ao dióxido de enxofre e dióxido de carbono, que é a poluição do ar (fuligem). A presença delas em folhas de Ipê amarelo ou roxo se dá em áreas com menores índices de poluição do ar. Essa metodologia não tem necessidade de equipamentos sofisticados.

Folhas de Ipê são coletadas em diferentes pontos das cidades e são georreferenciadas para informações e monitoramento, o que significa que se pode voltar nessa mesma árvore, se for preciso, explica o pesquisador da Embrapa, Itamar Soares de Melo, que é o coordenador da pesquisa.

As áreas mais poluídas das cidade eliminam as leveduras. Com esse método, até crianças podem monitorar a poluição ambiental, sendo necessário somente a distribuição de placas de Petri descartáveis contendo os meios de cultura esterilizados.

Biomonitoramento: organismos bentônicos na avaliação da qualidade de águas A avaliação da qualidade das águas é cada vez mais importante na medida em que há um comprometimento das reservas hídricas em função não só de aspectos quantitativos (devido a grandes demandas dos setores agrícola, industrial e urbano) como qualitativos (poluição por esgotos, defensivos agrícolas, resíduos industriais).

O método tradicional de avaliação da qualidade da água envolve a mensuração no campo de parâmetros físico-químicos, como oxigênio dissolvido, pH, fosfato, amônia, cloretos, dureza, condutividade, entre outros. No entanto, em geral as análises laboratoriais destes parâmetros são caras, demoradas e refletem uma situação momentânea da qualidade da água no trecho amostrado.

O biomonitoramento através de organismos bentônicos como ferramenta de avaliação da qualidade da água consiste numa alternativa viável, pois apresenta importantes vantagens: seu aparato técnico é barato e relativamente simples; apresentam grande riqueza de espécies, o que favorece a resposta a vários tipos de poluentes e estressores; têm um ciclo de vida relativamente longo, possibilitando um tempo maior de registro de impactos no local avaliado. Organismos bentônicos compreendem animais que vivem associados ao fundo de rios, lagos, lagoas, reservatórios. Este grupo é composto por protozoários, vermes, crustáceos, moluscos e insetos.

Deste modo, alguns grupos são classificados como sensíveis a determinados impactos, estando ausentes em condições desfavoráveis. Por outro lado, outros grupos, classificados como tolerantes, permanecem em locais poluídos, graças a adaptações morfo/fisiológicas que os permitem sobreviver no local, explica Mariana Silveira, responsável pela pesquisa.

A feira está voltada a empresários, produtores rurais, pesquisadores, líderes governamentais, dirigentes de instituições públicas e privadas, studantes, entre outros. Haverá o lançamento de tecnologias, de serviços e de produtos, além de rodada de negócios, rodada de projetos, entre outras atividades.

Paralelo ao evento será apresentado o Fórum Ciência e Sociedade, nos dias 20 e 21 de maio, uma parceria da Embrapa e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), contando com o apoio de diversas instituições.

Cristina Tordin Embrapa Meio Ambiente Contatos: (19) 3867.8700 - cris@cnpma.embrapa.br  

Tema: IV Ciência para a Vida 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/