01/05/04 |

Comissão da Amazônia se reúne na Embrapa

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O Diretor-Presidente da Embrapa, Clayton Campanhola, recebeu hoje (19/05), na sede da Embrapa, os deputados da Comissão da Amazônia, Integração e de Desenvolvimento Regional (CAIDR) para mostrar o trabalho desenvolvido pela Empresa na região da Amazônia Legal. O presidente da Comissão, o deputado Júnior Betão (PPS-AC), abriu a reunião e elogiou a Embrapa pelo trabalho desenvolvido e garantiu empenho da Comissão para garantir mais recursos para pesquisa.

O Diretor-Presidente Clayton Campanhola lembrou que a reunião é uma oportunidade para fortalecer a união das Unidades da Embrapa do Norte do país e apresentou as principais realizações da Embrapa em 2003, como a revisão participativa do IV Plano Diretor da Embrapa (PDE - 2004-2007). "Não inventamos a roda, aproveitamos muito do plano anterior. Incluímos na missão da Embrapa o conceito de espaço rural, com foco no agronegócio.

Acreditamos que a Empresa tem de ser plural, ou seja, trabalhar em conjunto com todos os agentes do agronegócio, garantindo mercado, competitividade e sustentabilidade. Isso significa ter visão do futuro e atuação pró-ativa, para que possamos identificar novas oportunidades".

Campanhola também apresentou números surpreendentes da pesquisa realizada pela Embrapa, com acréscimos em quase todos os quesitos, como transferência de tecnologia, artigos publicados na mídia e científicos, aumento das royalties e do número das cultivares da Embrapa protegidas no Sistema Nacional de Proteção de Cultivares, que somam 31% do total. "O Brasil tem soberania tecnológica na área da agricultura, graças ao empenho dos nossos 2209 pesquisadores, dos quais 1257 são doutores e 902 têm mestrado. Para mantê-los atualizados na fronteira do conhecimento, precisamos de mais investimento em capacitação", esclareceu.

Entre as ações realizadas e em andamento citadas pelo Diretor-Presidente estão a revisão e aperfeiçoamento do Processo de Recrutação e Avaliação de Chefes das Unidades Descentralizadas da Embrapa; fortalecimento das propostas dos laboratórios virtuais (LABEX) nos Estados Unidos e na França; constituição da agenda de integração das Unidades Descentralizadas (UDs) da Amazônia; participação no Programa Fome Zero do Governo Federal; criação de um macroprograma para pesquisa relacionado com agricultura familiar e o desenvolvimento territorial; fortalecimento das relações com as Organizações Estaduais de Pesquisa (OEPAS); apoio à inovação tecnológica e à incubação de empresas (PROETA); formalização de acordos de cooperação técnica com países africanos; viabilização das Licenças de Operação de Área de Pesquisa (LOAPs) para experiências em campo, no Brasil, do mamão transgênico resistente ao vírus da mancha anular e do feijão resistente ao vírus do mosaico dourado. "Durante o Ciência para a Vida será anunciada a liberação da terceira LOAP, a da batata resistente ao vírus PVY. Isso representa para o Brasil autonomia científica e segurança alimentar para a população", disse.

O Diretor-Executivo da Embrapa, Herbert Cavalcante de Lima, supervisor das Unidades da Empresa instaladas no Norte do país, falou sobre a agenda de integração das UDs formada para atender as grandes demandas de pesquisa e desenvolvimento da região. "A agenda – denominada de "A Embrapa no Norte do Brasil" – prevê a elaboração de projetos em rede por pesquisadores da Embrapa Acre, Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus, AM), Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA), Embrapa Amapá, Embrapa Rondônia e Embrapa Roraima", informou. Herbert também anunciou a presença dos Chefes das Unidades Descentralizadas.

Segundo Herbert, a agenda abrange cinco linhas de pesquisa Embrapa Roraima consideradas importantes no desenvolvimento da agricultura familiar no Norte do país: florestas (com ênfase em pesquisas para aproveitamento de produtos florestais, madeireiros e não madeireiros), alternativas de prevenção do uso do fogo (aproveitamento e enriquecimento de capoeiras e alternativas à derrubada e queima), melhoria das pastagens (qualidade do rebanho e pastagens resistentes a pragas e doenças), fruticultura (priorizando a cultura do cupuaçu e do açaí) e melhor aproveitamento da mandioca (recursos genéticos, alternativas de uso, consolidação dos bancos ativos de germoplasma e melhoria da qualidade dos produtos). "A expansão da fronteira agrícola e das áreas de pastagens na região é uma demanda dos setores ligados ao agronegócio. O papel da pesquisa agropecuária é buscar alternativas tecnológicas para o desenvolvimento sustentável da Amazônia", finalizou.

Debate - Após as palestras, os deputados fizeram perguntas ao Diretor-Presidente, o Diretor-Executivo e os Chefes de Unidades. O presidente da Comissão perguntou se a Embrapa teria condições de recuperar "a imensidão do espaço degradado na Amazônia". Herbert disse que não há tecnologia para específica para isso. "Estamos buscando convergir tecnologias existentes e buscar orçamento para que tenhamos capacidade de execução. Atualmente para a Região Amazônica é direcionado entre 18 e 20% do total do orçamento, que, para 2004, é de R$ 223.285.305, tendo sido autorizado até agora R$ 177.971.050,00". Perguntado sobre o trabalho com biodiesel, Herbert disse que a Embrapa tenta viabilizar estudos para o aproveitamento de matéria-prima vegetal, como mamona, algodão e dendê. "Na Amazônia, o grande potencial está no óleo de dendê. Temos resultados de variedades adaptadas híbridas, mas não há políticas públicas no Brasil que viabilizem a utilização do dendê na Amazônia", lamentou

Flávia Bessa - 4469/014/041 - DF Assessoria de Comunicação Social - ACS Contatos: (61) 448-4039 - flavia.bessa@embrapa.br  

Tema: IV Ciência para a Vida 

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