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Parceria entre o Chile e o Brasil permitirão a criação de variedades de batata

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Vêm aí as primeiras variedades de batata desenvolvidas conjuntamente pelo Brasil e o Chile. Está começando uma aliança estratégica que envolve distintos âmbitos de ação entre o Instituto de Investigações Agropecuária (Inia) do Chile e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil. No âmbito da empresa brasileira, as três unidades mais diretamente envolvidas com o programa são os Centros de Hortaliças (Brasília) e de Clima Temperado (Pelotas), e a Unidade de Negócios Tecnológicos de Canoinhas (Santa Catarina).

Acabam de regressar do Chile, onde foram tratar de detalhes dos trabalhos em conjunto, os pesquisadores José Amauri Buso (Hortaliças) e Arione da Silva Pereira (Clima Temperado). Segundo eles, a cooperação técnica entre o Chile e o Brasil na área de batata vem sendo construída já há alguns anos, mas agora começa a tomar maior vulto e velocidade.

Tecnicamente, o interesse comum envolve o desenvolvimento de cultivares adaptadas ao Brasil que possam se transformar em variedades de batata com co-titularidade entre o Inia e a Embrapa, com propriedade protegida e compartilhada.

Arione e Amauri estiveram na estação do Inia em Remehue, a 900 km ao sul de Santiago, onde conheceram in loco parte do trabalho de pesquisa chileno com batata e conversaram com Julio Kalazich, diretor regional do Instituto. Há consenso em torno da idéia de aproveitar linhas avançadas do programa de melhoramento genético de batata do Chile, selecionar as melhores no Brasil, de acordo com sua adaptação, e liberá-las conjuntamente em território brasileiro, na condição de novas variedades.

Isso geraria no futuro uma oportunidade de negócios tanto para os produtores chilenos, que poderiam exportar para o Brasil sementes certificadas das novas variedades, como para os produtores brasileiros, para atender o mercado de sementes. O Brasil, atualmente, é um dos maiores importadores continentais de sementes de batata, abastecendo-se principalmente de variedades provenientes da Europa. Por isso, de acordo com Amauri e Arione, o trabalho bilateral de cooperação no âmbito científico-tecnológico é visto com muito bons olhos, na medida em que, entre outras vantagens, permitiria ao Brasil economizar as divisas hoje gastas com a importação de material.

Sady M.Sapper - MTb RS 5376 Embrapa Clima Temperado Contato (53) 275-8113 - sadi@cpact.embrapa.br  

Tema: Produtos Agropecuários\Hortaliças\Batata 

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