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Densitometria monitora integridade óssea em poedeiras vivas

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A perda de massa óssea ou o decréscimo da quantidade de osso estrutural completamente mineralizado, conhecido como osteoporose, é um problema comum em poedeiras comerciais e também em humanos em idades mais avançadas. A osteoporose aumenta a fragilidade e a susceptibilidade a fraturas.

Em poedeiras, de acordo com a pesquisadora Mônica Corrêa Ledur, área de genética e melhoramento de aves da Embrapa Suínos e Aves, unidade Descentralizada da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, sede em Concórdia, SC, "a osteoporose tornou-se mais comum com o aumento das criações em gaiolas, possivelmente devido a dificuldade das aves em se exercitarem".

Outra causa possível da osteoporose em poedeiras inclui a seleção genética para maturidade sexual precoce, baixo peso corporal para melhorar a eficiência alimentar e a alta taxa de postura. "A alta incidência de fraturas tem causado preocupação na indústria de alimentos processados, afirma a pesquisadora, pois os resquícios de ossos que acabam embutidos nos alimentos preparados com base na carne de aves podem causar problemas de segurança alimentar".

A taxa de mortalidade das aves também aumentou devido a osteoporose, causando perdas econômicas, além de ser considerado também um problema de bem-estar animal. Ledur explica que uma forma de reverter esta situação seria a seleção para fortalecer a integridade do ossos. Entretanto, as mudanças na integridade óssea em aves têm sido avaliadas utilizando-se técnicas invasivas como a análise mineral dos ossos, cinzas e força de resistência a quebra, que requerem o abate de um número grande de animais para serem mensurados.

A densitometria óssea tem sido utilizada em humanos como técnica não invasiva no diagnóstico para monitorar a osteoporose. Entretanto, essa tecnologia não foi adaptada para monitorar a integridade óssea em aves. Por isso, Ledur investigou a habilidade do densitômetro para detectar mudanças na integridade óssea de aves vivas, alimentadas com diferentes dietas variando em Cálcio (Ca) e, também, as correlações entre os resultados densitométricos e os outros métodos invasivos com características de produção sensíveis à variação na concentração de cda dieta.

Segundo a pesquisadora, o uso do densitômetro foi efetivo em detectar diferenças no conteúdo e na densidade de mineral do osso em poedeiras alimentadas com dietas que variaram na concentração de Ca. Isso significa que a densitometria pode ser utilizada em aves vivas como uma ferramenta de diagnóstico para acessar a integridade óssea. Esse estudo foi desenvolvido em parceria com a Purdue University and Southern University, EEUU.

Tânia Maria Giacomelli Scolari - 4957/MTb-RS Embrapa Suínos e Aves Contatos: (49)442.85.55/Ramal 255 - tscolari@cnpsa.embrapa.br

 

Tema: Produtos Agropecuários\Pequenos Animais\Aves 

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