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Em Rondônia, governo do Estado e Embrapa estudam viabilidade da uva

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Variedades de uva para mesa, vinho e suco estão sendo cultivadas no clima tropical úmido de Rondônia por imigrantes de descendência italiana e alemã originários dos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. A pesquisadora Patrícia Coelho de Souza Leão, da Área de Fruticultura Embrapa Semi-Árido (Petrolina – PE) esteve em Porto Velho (RO) para estruturar um diagnóstico da cultura. A iniciativa partiu do secretário de Agricultura, Produção e Desenvolvimento Econômico e Social de Rondônia (Seapes), Luiz Cláudio Pereira Alves.

Patrícia Coelho desenvolve pesquisas de melhoramento de cultivares de uva irrigada no sertão nordestino, região que vem se destacando no cultivo da cultura. A pesquisa tem oferecido condições para a produção da uva em regiões de clima quente.

Em Rondônia, a engenheira agrônoma da Seapes Solange da Costa Dantas, o técnico em enologia e viticultura Paulo Reginato, da secretaria de Agricultura do município de Alta Floresta, e a pesquisadora da Embrapa Semi-Árido percorreram os principais municípios produtores: Vilhena, Rolim de Moura e Alta Floresta. O objetivo é elaborar projetos de pesquisa que justifiquem para o Estado o aperfeiçoamento da cultura e a obtenção de programas de financiamento para os produtores.

Os principais problemas encontrados são a falta de pesquisas, assistência técnica e financiamento. "Temos que desencadear pesquisas representativas e demonstrativas em Rondônia com engenheiros agrônomos especialistas na área e oferecer suporte aos extensionistas", explica Reginato. No Estado são plantadas as variedades Niágara e Isabel (para mesa, vinho e suco), "rústicas, menos exigentes em tratos culturais e, por serem mais tolerantes às doenças fúngicas, estão bem adaptados às condições de clima úmido", ressalta a pesquisadora Patrícia Coelho de Souza em seu livro "A Viticultura no Semi-Árido Brasileiro".

Também é cultivada no município de Vilhena, sul de Rondônia, região localizada em áreas de cerrado e com temperaturas mais amenas, a variedade Bordeaux. A produção é consumida nos próprios municípios, onde as famílias produtoras comercializam o produto. Em Rondônia, segundo o técnico Paulo Reginato, são consumidos 780 mil garrafões de vinho por ano. No Acre, 300 mil no mesmo período. As visitas feitas pelos especialistas contabilizaram as áreas plantadas no Estado: 7 hectares em Rolim de Moura, 6 em Vilhena e 20 mil pés em Alta Floresta. "É uma cultura nova com um potencial muito grande. O governo do Estado está empenhado no seu desenvolvimento", expõe Paulo Reginato.

A Embrapa Rondônia, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, estruturou grupos de pesquisa com especialistas da área de Fruticultura para acompanhar o diagnóstico. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (69) 641-2073 (Secretaria Municipal de Agricultura de Alta Floresta) ou pelo telefone da Embrapa Rondônia: (69) 225-9387.

Guilherme Ferreira Viana (MTb/MG 06566 JP) Embrapa Rondônia Contatos: (69) 225-9387 - gfviana@cpafro.embrapa.br  

Tema: Produtos Agropecuários\Frutas\Uva 

Mais informações sobre o tema
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