01/07/04 |

Embrapa e universidade queniana podem ter mais trabalhos em conjunto

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Fortalecer as pesquisas colaborativas entre instituições situadas no Hemisfério Sul do planeta. Pensando nessa possibilidade, pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) visitaram a Universidade de Moi, no Quênia. De lá, trouxeram algumas possibilidades de trabalhos em conjunto.

Os pesquisadores Antônio Marcos Coelho, Elto Eugênio Gomes e Gama e Robert Eugene Schaffert trocaram informações com pesquisadores quenianos, entre eles Samuel Gudu, da Universidade de Moi (situada na capital Nairobi). Grande parte dos solos do Quênia estão esgotados, apresentando deficiência de fósforo e acidez, entre outros problemas que afetam a produtividade de culturas agrícolas.

Trabalhos desenvolvidos na Embrapa Milho e Sorgo, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, podem ajudar os quenianos a corrigir o solo e, aliados a um manejo mais adequado, conseqüentemente aumentar a produtividade média do milho.

Uma opção que os quenianos têm para ajudar a resolver o problema da falta de fosfato no solo é a utilização de um tipo de rocha muito presente no país. A Embrapa poderia ajudar, nesse sentido, analisando e indicando melhores usos para essas rochas.

Esse trabalho de colaboração entre Embrapa e Universidade de Moi faz parte do projeto de pesquisa "New approach for improving phosphorus acquisition and aluminum tolerance of plants in marginal soils", financiado pela McKnight Foundation. Fazem parte do projeto visitas técnicas de pesquisadores quenianos ao Brasil e de brasileiros ao Quênia.

Na visita houve intercâmbio de 44 germoplasmas de milho da Embrapa, que poderão ser usados pelos pesquisadores quenianos em programas de melhoramento de milho. Esse intercâmbio obedeceu a critérios pré-definidos pelos ministérios da Agricultura dos dois países.

Como no Brasil, o milho é um alimento básico para os quenianos. A maior parte dos agricultores do Quênia, também como os brasileiros, são pequenos produtores sem capital para investimentos. Ou seja, os dois países possuem realidades tanto físicas (condições de solo, por exemplo) como sociais (meio rural formado em sua maioria por produtores sem condições de investimento) muito parecidas. E podem, colaborativamente, desenvolver trabalhos que tragam benefícios aos dois países.

Clenio Araujo (MG 06.279 JP) Jornalista da Embrapa Milho e Sorgo Contatos: (31) 3779-1172 - clenio@cnpms.embrapa.br  

Tema: A Embrapa\Cooperação Internacional 

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