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Embrapa Suínos e Aves dispoinibiliza informações sobre dejetos suínos

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Mostrar a importância do correto procedimento de amostragem para avaliação das características dos dejetos de suínos foi o objetivo que determinou os pesquisadores Aírton Kunz e Julio Cesar Pascale Palhares da Embrapa Suínos e Aves, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com sede em Concórdia, Santa Catarina, a escrever o Comunicado Técnico Número 362 que trata do assunto com detalhamento, explicando a importância da amostragem correta, quais são os pontos que podem ser considerados de amostragem em uma granja, os cuidados com a amostra e com as informações da amostragem, por exemplo.

Segundo os pesquisadores, o termo dejeto de suínos é utilizado para designar um conjunto de elementos que lhe confere algumas características peculiares. O dejeto é formado, basicamente, por fezes, urina, restos de ração e água, podendo ter outros elementos em menor quantidade como cerdas e restos de parição.

Analisando-se a sua constituição básica, percebe-se que muitas variáveis podem influenciar nas características do dejeto, sendo que entre as mais importantes pode-se considerar a idade e o sexo dos animais, os ingredientes da ração (granulometria e digestibilidade), o conforto térmico proporcionado aos animais e o manejo da granja.

O manejo da água na granja (desperdício de água em bebedores e lavagem excessiva das baias), o tipo de instalações para o transporte, armazenamento e tratamento dos dejetos (canaletas depreciadas e suscetíveis à entrada de água de chuva e drenagem inadequada do terreno onde estão localizados sistemas como esterqueiras e lagoas de tratamento) são condicionantes que alteram em alto grau as características dos dejetos pela excessiva adição de água a estes.

"Um plano de manejo de dejetos – explica o pesquisador Aírton Kunz - deve ser iniciado pelo conhecimento das características do dejeto da granja e para que esse conhecimento seja válido de ser utilizado, ele deve ser gerado de forma confiável. Esta confiabilidade se inicia por um correto programa de amostragem dos dejetos".

O pesquisador acrescentou que na coleta de uma amostra de qualquer espécie, deve-se ter certeza de que essa seja a mais representativa possível do todo, ou seja, suas características devem ser iguais, ou pelo menos, altamente semelhantes ao sistema do qual foi retirada para não se correr o risco da obtenção de resultados errôneos e que não expressem a realidade do sistema.

Considerando-se os dejetos de suínos, especial atenção deve ser dispensada as suas características naturais de baixa homogeneidade, causadas principalmente pela alta velocidade de decantação dos sólidos presentes nos dejetos. Os pesquisadores salientaram a importância de se utilizar princípios metodológicos em relação à escolha de pontos de coleta e homogeneização dos dejetos para coleta da amostra, objetivando-se diminuir os erros com amostragem que irão se refletir na qualidade dos resultados e dos processos de mensuração, seja a campo ou em laboratório.

A publicação ainda apresenta um exemplo de protocolo de amostragem que deve acompanhar a amostra até o laboratório de análise e está disponível gratuitamente na página eletrônica da Embrapa Suínos e Aves – www.cnpsa.embrapa.br. Informações também podem ser solicitadas pelo telefone (49)442.85.55 ou pelo e-mail sac@cnpsa.embrapa.br junto ao Serviço de Atendimento ao Cidadão-SAC.

Tânia Maria Giacomelli Scolari - 4957/MTb-RS Embrapa Suínos e Aves Contatos: (49)442.85.55/Ramal 255 - tscolari@cnpsa.embrapa.br  

Tema: Produtos Agropecuários\Pequenos Animais\Suínos 

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