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Aumento do interesse pelo controle biológico de pragas é tema de palestra

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  A Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu, São Paulo, promoveu o I Simpósio de Controle Biológico, de 17 a 20 de novembro de 2004, para alunos, técnicos, produtores rurais e profissionais, para discutir os métodos e sistemas de controle biológico, com ênfase na pecuária e nas culturas de cana-de-açúcar, soja e florestais.

Na abertura do evento, o pesquisador Luiz Alexandre Nogueira de Sá, da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariuna, SP), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, falou sobre a introdução ao controle biológico e sobre o Laboratório de Quarentena Costa Silva, único no Brasil, com organismos úteis para controle biológico de pragas e outros.

O Laboratório Costa Lima, aprovado em 1991 como um laboratório oficial e específico, credenciado pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento, para controle biológico de pragas e outros, desempenha atividades relativas às importações de organismos úteis para a pesquisa no país. Luiz falou sobre o aumento do interesse pelos programas de controle biológico de pragas, que têm crescido consideravelmente no mundo em resposta aos efeitos adversos dos agrotóxicos sobre o meio ambiente e a saúde humana.

Isso se deve também em função do novo direcionamento internacional da produção agrícola, no sentido de favorecer a conservação e o uso sustentável dos recursos biológicos, requisitos básicos da Convenção da Biodiversidade, explica Luiz Alexandre.

Políticas internacionais demandam alternativas para os agrotóxicos, e o uso de inimigos naturais de pragas é uma alternativa promissora. Os inimigos naturais são de enorme valor para agricultura sustentável, onde podem, freqüentemente, substituir ou reduzir a necessidade de utilização dos químicos, sendo um importante componente do manejo ecológico de pragas, fala o pesquisador.

A tendência do uso do controle biológico clássico de pragas é aumentar, esclarece Luiz, atendendo assim às demandas internacionais da utilização de práticas agrícolas menos agressivas ao meio ambiente. Esse controle envolve a transferência de organismos vivos de seus ecossistemas nativos para novos ecossistemas, na expectativa de que se estabeleçam e promovam o controle de pragas agrícolas.

Luiz Alexandre explica que a garantia da segurança de cada introdução de agentes de controle biológico num novo ecossistema receptor é de vital importância, tendo assim, os laboratórios de quarentena desempenhado um papel fundamental neste contexto.

Cristina Tordin (MTb –28499/SP) Embrapa Meio Ambiente Contatos: (19) 3867.8700 - cris@cnpma.embrapa.br  

Tema: Atividades Temáticas\Meio Ambiente 

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