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Análise de risco para transgênicos é tema de seminário na Embrapa

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O plantio de transgênicos no mundo alcançou em 2004 uma área de 81 milhões de hectares, distribuídos por 17 países e envolvendo cerca de oito milhões de agricultores. Desse total, cerca de 60% da área era cultivado com soja tolerante a herbicida, 23% com milho resistente a insetos (milho Bt) e tolerante a herbicidas, 11% com algodão e 6% com canola. Os Estados Unidos - 59%, Argentina – 20%, Canadá e Brasil - 6% cada e China 5% foram os países responsáveis por 96% da produção comercial de transgênicos.

A partir desses dados e de outras informações e considerações, a pesquisadora Eliana Fontes da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília – DF), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), desenvolverá a sua palestra no seminário do Núcleo Temático de Controle Biológico, às 10:30 horas do dia 17 de agosto  no auditório central da Unidade, com o tema “Metodologias Científicas para análise de risco de organismos geneticamente modificados”.

Eliana Fontes observa que, diferentemente das plantas e animais produzidos por melhoramento convencional, alguns OGMs são organismos para os quais existe pouca experiência prévia com melhoramento, uso comercial e monitoramento. A liberação inadvertida de OGMs no ambiente pode resultar em impactos ecológicos negativos em algumas circunstâncias. Por essa razão, considera crucial o conhecimento ecológico básico sobre os possíveis efeitos ambientais de transgênicos para entender e evitar esses tipos de risco.

A avaliação de risco de OGMs deve, segundo Eliana, enfocar o fenótipo ou produto, ao invés do processo de engenharia genética, considerando-se suas características específicas. Ela também defende que sejam usadas bases de comparação apropriadas na avaliação de riscos, e acrescenta: “Nesta palestra será discutida a análise de risco ambiental de OGMs, dando maior foco ao fluxo gênico e aos efeitos potenciais sobre as cadeias tróficas e à biodiversidade, uma vez que estes envolvem questões relevantes para o controle biológico. Maior relevância será dada à geração de conhecimentos ecológicos adquiridos e aplicáveis ao manejo de sistemas agrícolas e ao monitoramento pós-comercial das plantas GM, com ênfase em tópicos pertinentes ao trabalho do entomologista”.

Os seguintes tópicos serão discutidos: 1) a hibridização da planta GM com seus parentes selvagens; 2) desenvolvimento de resistência de pragas à característica inserida na planta GM; 3) a mudança de status de pragas secundárias; 4) alterações nos componentes químicos de plantas GM que podem resultar em origem de novas pragas; 5) redução de biodiversidade; 6) efeito sobre polinizadores; 7) efeito sobre inimigos naturais; e 8) efeitos sobre organismos que vivem no solo, incluindo os decompositores. Mais informações ou detalhes: Eliana Maria Gouveia Fontes – (61) 3448-4793

Paulo Euler (MTb 00104JP/DF Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Contatos: (61) 3448- 4769 - peuler@cenargen.embrapa.br

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/