11/04/06 |

Previsões indicam que Pantanal não terá período de seca

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As previsões iniciais indicam que não será desta vez que o Pantanal entrará num novo ciclo de seca  conforme o registrado nos anos de 1963 a 1973.  A nova fase só seria caracterizada nesse ano, caso o nível máximo no Rio Paraguai fosse inferior a 4 metros, como o ocorrido no ano passado quando a marca foi de 3,29 metros.

O nível das águas do Rio Paraguai no Pantanal segue em elevação, entretanto a cheia desse ano deve ser pequena. Esse é o primeiro levantamento de 2006 realizado pela Embrapa Pantanal (Corumbá-MS),  unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. No dia 7 de abril, o Serviço de Sinalização Náutica d'Oeste do 6º Distrito Naval da Marinha do Brasil informou que o nível na régua ladarense era de 3,10 metros.

Esse período de subida das águas constitui a fase de enchente, e nesse período é comum a movimentação de vegetações flutuantes, conhecidas regionalmente por "camalotes" ou "baceiros". A fase de enchente culmina com o nível máximo anual, também denominado de pico de cheia. Em relação à média histórica dos anos de 1900 a 2004, o nível atual encontra-se 18 centímetros abaixo do normal para essa data que registra média de 3,28 metros.

De acordo com o método probabilístico desenvolvido pela Embrapa Pantanal, as chances do nível máximo da cheia desse ano ser igual ou superior a 4,50 metros são de 65%. Já as chances do pico dessa cheia ser igual ou maior que 5,0 metros são de apenas 29%. Assim, para o pesquisador da Embrapa Pantanal, o hidrólogo Sérgio Galdino, a expectativa é que nos próximos meses, o nível máximo do Rio Paraguai, medido na régua de Ladário deverá ficar compreendido entre 4,50 e 4,99 metros, semelhante às cheias ocorridas nos anos de 1998 a 2000, cujos picos oscilaram entre 4,60 e 4,66 metros.

Diante da possibilidade de uma cheia pequena, a atividade mais beneficiada, será a pecuária bovina praticada nos campos marginais do Rio Paraguai no Pantanal sul-mato-grossense. Os animais, além da maior oferta de pasto nativo, também não terão que se deslocar das partes mais baixas para áreas mais seguras da inundação. Galdino ressalta que a última vez que os produtores rurais dessa região tiveram que remover a maioria dos seus animais para áreas mais altas, foi no ano de 1997, quando a cheia no Rio Paraguai, registrou a marca de 5,69 metros na centenária régua ladarense.

Previsões – Novas previsões sobre a cheia de 2006 deverão ser disponibilizadas pela Embrapa Pantanal, através do seu site na internet (http://www.cpap.embrapa.br/). Interessados em acompanhar o comportamento dos Rios Paraguai e Cuiabá, no Pantanal, com antecedência de até quatro semanas, podem acessar as previsões semanais da Companhia de Pesquisa em Recursos Minerais (CPRM), através do seguinte endereço : http://www.cprm.gov.br/rehi/pdf/prev.pdf.

Denise Justino da Silva – MTb/MS 129Embrapa PantanalContatos: (67) 3233-2430 ramal 307 - denise@cpap.embrapa.br

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/