O Distrito Federal deverá receber um parque tecnológico para abrigar empresas de biotecnologia e agronegócios. Um protocolo de intenções para a criação do complexo foi assinado hoje na Sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília. Além do diretor-presidente da Embrapa, Silvio Crestana, subscreveram o documento o governador do DF, José Roberto Arruda, e o vice-reitor da Universidade de Brasília (UnB), Edgar Mamiya.

O Parque Tecnológico de Biotecnologia e Agronegócios deverá funcionar em uma área de cerca de 400 hectares da Fazenda Sucupira, de propriedade do Mapa. A localização é privilegiada, já que fica na região do Riacho Fundo, a cerca de 30 km do centro de Brasília, próxima do aeroporto, do porto seco, das rodovias de ligação com outros estados, além de diversas faculdades e universidades. Atualmente, o espaço está dedicado ao desenvolvimento de pesquisas da Embrapa.

A criação de parques desse tipo foi uma das estratégia de desenvolvimento regional utilizada em diversos países, como Estados Unidos, Espanha e China. O complexo deverá abrigar empresas de base tecnológica, que terão forte interação com universidades e instituições de pesquisa e deverão estar focadas na geração de atividades inovadoras. Poderá contar também com uma incubadora de empresas. Exemplos das atividades que poderão se desenvolver no local são a produção de sementes, mudas, alimentos, bebidas, embriões, fármacos e inoculantes.

De acordo com o cronograma estabelecido pelas instituições participantes, a partir da assinatura do protocolo de intenções, deverão ser realizados estudos para viabilizar a transformação da Fazenda Sucupira em parque tecnológico. Esses estudos seriam finalizados até o 1º semestre de 2009. A partir do 2º semestre do mesmo ano, aconteceria a instalação das primeiras empresas no local. A estimativa de custos para a fase inicial é de R$ 3,8 milhões.

Governo na Ciência, Tecnologia e Inovação

A assinatura do protocolo ocorreu durante visita do governador do DF à Embrapa, por ocasião do Governo na Ciência, Tecnologia e Inovação, etapa do Governo nas Cidades, programa do GDF que tem como objetivo aproximar a administração distrital de setores da sociedade. Também estavam presentes os secretários de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wilmar Luís da Silva, e da Ciência e Tecnologia, Izalci Lucas, e a diretora-presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF), Maria Amélia Teles.

"Mais do que palavras, nós estabelecemos hoje um cronograma de ações. Se em 2009, nós conseguirmos inaugurar o parque tecnológico, instalando lá empresas, juntando tecnologia agropecuária e empresas produtoras, e dali surgirem projetos e pesquisas que gerem resultados práticos na produção aqui do Cerrado, será certamente um dos pontos altos da gestão de todos nós que estamos aqui nesta mesa", disse Arruda. Ele propôs ainda o nome do ex-Ministro da Agricultura e um dos criadores da Embrapa, Alysson Paolineli, presente ao evento, para batizar o parque tecnológico a ser criado. O governador destacou a Embrapa entre as instituições que ajudam a construir um Brasil que avança. "Se algum presidente me perguntasse o que fazer para entrar na História, eu diria: multiplica por dez o orçamento da Embrapa", brincou.

O diretor-presidente da Embrapa chamou atenção para o fato do Distrito Federal possuir uma vocação para a ciência e tecnologia e abrigar, além da Sede da Embrapa, sete unidades da empresa (Embrapa Agroenergia, Embrapa Café, Embrapa Cerrados, Embrapa Hortaliças, Embrapa Informação Tecnológica, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Embrapa Transferência de Tecnologia). "Com uma comunidade científica atuante, de altíssimo nível, o desafio não é criar mais instituições, mas aprender a trabalhar juntos, procurando aumentar a sinergia com o governo e a comunidade empresarial", destacou.

A solenidade contou com apresentação e exposição de todos os projetos, tecnologias e eventos da Embrapa que contaram com recursos financeiros da FAP-DF. Os visitantes puderam se informar sobre projetos como o bioinsseticida para controle do mosquito transmissor da dengue, o manejo de irrigação para maximização da produtividade do feijão no Cerrado e a tecnologia para embalagem a armazenamento de tomates e pimentões. Também puderam ver, ao vivo, os clones bovinos "Vitória" e "Lenda" e seus filhotes, respectivamente os bezerros "Galante" e "Bela". Esta última teve o nome escolhido hoje pelo governador Arruda.

Mais informações:

Vitor Moreno (DRT 38057/SP)Assessoria de Comunicação Social – EmbrapaTelefone: (61) 3448-4039E-mail: vitor.moreno@embrapa.br